quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Eu





Chamo-me Alice Silva Videira Semedo Cunha, nasci a 22 de Maio de 1958 e tenho dois filhos, o Hugo e a Eliana.
Nasci no Alentejo, no concelho de Castelo de Vide, numa aldeia de nome Nossa Senhora da Graça de Póvoa e Meadas.

Na altura do antigo regime, em que se trabalhava de sol a sol e uma sardinha era dividida por 3, os meus pais decidiram imigrar para Lisboa em busca duma vida melhor. Fixaram residência na Apelação, concelho de Loures, onde vivo desde os meus 4 anos de idade.
Comecei a escrever poesia e a pintar nos meus tempos de Liceu, por puro entretenimento.

Entretanto, após casar, termos filhos e uma vida cómoda, fomos confrontados com um demónio muito conhecido, de seu nome Cancro.
Recomecei a escrever em 2018 após o falecimento do meu marido pois infelizmente não lhe foi possível ganhar a batalha contra um demónio destes.
Após um vazio imenso e momentos de solidão reencontrei-me na escrita que passou a ser uma terapia e o bichinho que esteve adormecido até então regressou.
E aqui estou eu agora! Quem diria?

Sou uma pessoa extrovertida, alegre, divertida e amiga do seu amigo.
Sou muito humana e sensível.
Para além da escrita tenho outros hobbies tais como:
A fotografia - não resisto a fotografar tudo o que me chame a atenção.
Adoro animais - tenho dois cães: o Djonny e o Lucky.
Adoro tratar das minhas plantinhas.
Adoro contemplar o mar - dá-me a calma e serenidade que tanto preciso.
Gosto de ler, ver um bom filme e ouvir as minhas músicas preferidas.
Voltar a escrever tem sido para mim uma forma de tentar redescobrir a felicidade que a vida me roubou!
Estou no caminho certo e sinto-me em paz.
Um dia de cada vez!






Este Blog foi criado em memória do meu marido, que tão cedo nos deixou.
A solidão e as saudades, impulsionaram o meu regresso à escrita!
Espero que agrade!










sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

25 de Novembro

Hoje a minha alma chora
O vazio e a saudade
Imperam no meu ser
Hoje não vão embora
Talvez só quando eu morrer!
Ando às voltas pela casa
Procuro nem sei o quê…
O impossível talvez
Aquilo que não se vê…
A realidade é dura
Nem consigo descrever
É tanta a amargura
De te querer e não te ter…
A noite foi um tormento
O silêncio meu companheiro
O choro foi meu alento
Neste espesso nevoeiro
Contava com esta provação
Não a sabia tão dura
Outras mais se seguirão
Que receberei com ternura
Punhaladas no coração
Deixam-me a alma pura
Tu foste a minha paixão
E isso não se cura!…

A.C.

A Pensar em Ti

Deito-me a pensar em ti
E acordo em ti a pensar
A alegria que perdi
E não consigo resgatar
Esta apatia instalada
Vontade de não fazer nada
Esta dor magoada
Que fere como uma punhalada
Tento reagir
Tento viver o momento
Mas de que vale fingir
Se é tão grande o sofrimento
Nada me desperta interesse
Nada me impele a seguir
Não que eu merecesse!
Sofrer a ver-te partir
Deus assim quis
Deixar-me tão só assim
Alguma coisa que eu fiz?
Este castigo não tem fim?
Deus por favor me diz!

A.C.

A Vida É um Jogo

A vida é um jogo
De vitórias e derrotas
É uma roleta russa
Labirinto de muitas portas
Uns dias sais perdedor
Outros és um vencedor
Ardes neste jogo
Jogas com muito fervor
Mas logo se apaga o fogo
Neste jogo de desamor
Nem sabes o que procuras
Jogas por puro prazer
Só encontras amarguras
Esperas um novo amanhecer
Ganhas e perdes meu amigo
Tudo se repete novamente
O azar brinca contigo
Joga...joga...diáriamente
Busca no jogo teu abrigo
Vai jogando simplesmente
A esperança não podes perder
A sorte virá finalmente!?...
Vai jogando até morrer!…

A.C.

A Vida

A vida
É um emaranhado
De encruzilhadas
E se tu ficas parado
És apanhado nas ciladas!
Viver não é fácil…
Lutas constantes travas
Se não és ágil
E ficas pelas palavras
Ficas frágil
E abusam de tuas mágoas!…
Luta!
Vive!
Enfrenta esta guerra!
Isto é a vida na terra!
Esquece as mágoas!
Enfrenta a fera!

A.C.

Abanão

Ontem um amigo
Deu-me um grande abanão
Deixou-me a pensar
Que a vida não é só solidão!
Perguntei-me?...
Onde está aquela Alice
Alegre e contente
De bem com a vida
Sempre presente?...
Aquela Alice
Cheia de vontade de viver
Que eu não queria perder…
Senti!...bem lá no fundo
Uma luzinha ténue
Quase apagada
Pelo sofrimento!...
Mas ainda brilhava
Qual estrela no firmamento
Apesar de desmaiada
Ainda estava quente!...
Não morreu...
Está viva!...
Só adormecida
De tanto que sofreu!
Ali ficara na escuridão
À espera de um abanão!

A.C.

Agitação

Olho para ti!
Um ser tão pequenino
Uma alma tão grande!...
Olhar vazio
Andar errante…
No teu desvario
Não páras um instante!...
Corpo franzino
Cabeça acelerada
Olhar de menino
Alma abençoada!...

A.C.

Ai Como É Grande

Ai como é grande,
O mundo, a vida!
Só eu neste mundo
Vagueio perdida!
Mundo que não é
Lágrimas sempre vistas
Tenho eu de perder-me
Para que tu existas!

A.C.

Alma Triste

Alma triste
Porque partiste?
Porque me deixaste tão só
Na minha solidão?
Sonhos desfeitos em pó!...
Caminhei...parada!
Esqueci-me de esquecer!
Sonhei acordada!
Silenciei o silêncio!
Esta dor amargurada!
Alma triste
Porque partiste?
Porque me deixaste
Desesperada!?

A.C.

Almas Desencontradas

Almas desencontradas
Memórias esquecidas
Desbotadas...
Corroídas…
Amassadas…
No tempo perdidas!
Vidas suspensas
Almas sofridas
Não dizes o que pensas
Doem-te as feridas
Dores abafadas
Em ti escondidas
Sonhos vazios
Noites de calafrios
Esperança perdida
Algures na vida
O sabor do teu beijo
O calor da tua mão
O maior desejo
Amar com paixão!...
Sonho ou ilusão?...

A.C.

Amei

Amei…
De corpo e alma!
Cada poro da minha pele...
Na tua presença,
Transbordava amor!
Doce inocência!...
Triste dor!...
Quando me beijavas
Perdia a noção do tempo!
Do certo e do errado!...
Só queria viver o momento
Era esse o meu pecado!...
O chão fugia-me...
A razão também!
Teus beijos eram o alimento
Do meu corpo!
Da minha alma!
Da minha vida!...
Quando me acariciavas!
O teu toque...
Transportava-me às nuvens!
Fazia-me perder o norte!
Sonhava acordada!...
Via estrelas no firmamento...
Grata por ser amada!
Não pensava em sofrimento!
Entreguei-me a ti...
Incondicionalmente!
Sem medos!
Sem cobranças!
Sem segredos!
Mas tudo acabou...
Como começou!
Ficaram as doces lembranças...
De quem tanto amou!

A.C.

Amigos

Ao longo da vida
Muitos passam por nós
Uns vão e não voltam mais
Outros acompanham-te sempre
São esses os amigos!
Aqueles que prevalecem
Para lá destas vidas ocupadas.
São aqueles que...se preciso,
Te dão umas palmadas!
Nos bons e maus momentos
Eles estão lá!
Firmes!
Para te aconchegar, acarinhar,
Consolar, aconselhar,...
E para te fazer rir
Com as suas piadas!
Amigos são flores
De várias cores
E tornam a nossa vida
Bem mais colorida!
Obrigada meus amores!

A.C.

Amo

Amo a Natureza
Os campos em flor
Aquele colorido
É um desafio ao amor.
Amo contemplar
O infinito azul do mar.
As ondas a deslizar.
As gaivotas a pairar.
É uma beleza sem par!
Perco-me no tempo
Só vivendo este momento
Minha ansiedade acalma
Fica feliz minha alma.
Foi-se a tristeza!
Sinto paz…
Veio a calma!

A.C.

Amor Adolescente

Amei-te desesperadamente
Amei-te de corpo e alma
Acreditava firmemente
Que eras uma pessoa calma…
A vida me ensinou
O reverso da medalha!...
Deste amor nada restou
Nem mesmo uma migalha!...
No vigor da juventude
Alma minha que se ilude
A pensar que a vida
É um conto de fadas
Com príncipes e princesas
Moiras encantadas!...
Duendes e querubins
Cavalos alados
E outras figuras afins!...
Mas não!...
Não era verdade!...
Era tudo imaginação
Deste coração apaixonado
Que acreditou na mentira
Coração magoado…
Que viveu na ilusão
De vir a ser amado…
Esta grande paixão
Que ao tempo resistira
E sua alma ferira!

A. C.



Amor

Passei na tua rua. Quase morta
Ía minha alma - triste mocidade!
E nessa hora fatal, à tua porta
Eu deixei a LIBERDADE.

Quis ver se a resgatava; esta tristeza
Oprimia de dor meu coração
Porém, passando ali mais uma vez
Eu deixei a ILUSÃO

Voltei ainda. O amor dos meus 16 anos
Obrigou-me a partir; mas nesse dia
Vi rirem-se de mim os desenganos
E eu deixei a ALEGRIA

Hoje se por desgraça
Tenho de passar por este chão funéreo
Sinto medo e horror como quem passa
De noite num cemitério!

A.C.





Anda!...

Anda!…
Caminha a meu lado
Não digas nada
Faz-me só um afago
Que me deixe fascinada!

Anda!…
Senta-te junto a mim
Olha-me fixamente
Faz-me sentir num jardim
Sem nada que me acorrente!

Anda!…
Sussurra-me ao ouvido
Palavras doces e belas
Fala-me num tom atrevido
Leva-me a ver as estrelas!

Anda!…
Beija meu triste rosto
Coloca nele um sorriso
Faz-me esquecer o desgosto
Surpreende-me de improviso!

Anda!…
Vem comigo caminhar
Até o dia raiar!…

A.C.

Aprender a Viver Sem Ti

Uma vida dividida
Alegrias, tristezas, desabafos
Carinhos…
Tudo era a dois!
E agora?
Com quem repartir tudo isto?
Quem sofre…
Quem ri comigo?
Quem desabafa e me ouve?
Quem me acaricia?
Quem???

Como é difícil passar
De dois a um…
É um vazio de alma,
De espírito, de companheirismo.

A solidão instalada!!!
Como é difícil
Aprender a viver sem ti!

A.C.

Aprender a Viver

Escrevo o futuro
Com as lágrimas
Do meu passado
Ergui um muro
Abafei mágoas
Neguei ser amado
O que ganhei?
Isolamento profundo
Tanta lágrima chorei
Não vivi nem um segundo
Desejei morrer
Que acabasse o mundo
Que aliviásse este sofrer
Este viver nauseabundo
Para quê?
Se a solução está em mim
Bem no fundo do meu ser
Nisto tudo pôr um fim
E aprender a viver
É tão simples assim!

A.C.

Arco-Íris da Vida

Pintei um arco-íris
Na minha vida cinzenta!
Usei as mais belas cores
E da aguarela de dores
Fiz um quadro de amor
Que minha alma acalenta!
Esperança em flor!
Esqueço o que me atormenta!
Visualizo um campo florido…
Um mar azul infinito…
Que fico contemplando!
Recolho no peito um grito!
Um sonho que ficou esquecido…
Assim vou pintando
O arco-íris da vida!...

A.C.

As Cores da Vida

Os sítios são os mesmos
As coisas são as mesmas
Mas tudo é diferente sem ti
Os meus olhos vêem diferente!
Agora tudo é a preto e branco
As cores esvaneceram-se…
A alegria de viver desapareceu
Aprender tudo de novo…
E no singular é doloroso!
Quando a vida foi vivida no plural.

A.C.

Até Quando...

Até quando...
Vou suportar este viver?...
Até quando…
Vou não desejar morrer?...
Até quando…
Esta luta desigual?...
Até quando…
Esta falta de moral?…
Até quando…
Esta rebeldia adolescente?...
Até quando…
Este viver displicente?...
Até quando…
Até quando?…

A.C.

Basta!

Os sonhos…
Diluem-se um a um
Como flocos de neve!
No coração um tum tum
Acelerado e breve…
Bate de medo!
De ansiedade!
De desassossego!
De saudade!...
A memória esvai-se…
De cansaço!
De tanto trabalhar em vão!
De não ser escutada!
De nunca ter razão!
Desta vida malfadada!
Que tanta vez diz não!
E é tanta vez abafada!
Basta!!!

A.C.

Cacos da Vida

A tua princesa
Chora de saudades!
Sente a tua falta…
Precisa que a afagues!
A outra prenda viva
Parece uma fortaleza!
Mas tem a alma ferida…
E nos olhos grande tristeza!
A família está partida!
Vidas feitas em cacos!
Falta-nos o amor da nossa vida!
Manta de retalhos com buracos!...

A.C.




Caminhando

Passos lentos…
Cabeça baixa…
Caminho deambulando!
Deambulo caminhando!
A noite está escura como breu.
A lua espreita envergonhada.
Não se vêem estrelas no céu!
Noite sinistra… noite encantada!
Ao longe vêem-se silhuetas,
Das mais diversas formas!
Umas mais bonitas e esbeltas,
Outras mais feias e diabólicas!
E neste passo lento…
Neste vaguear errante…
Caminho deambulando!
Deambulo caminhando!

A.C.

Campos Floridos

Os campos estão floridos
Convidam à reflexão
Os sonhos ficam perdidos
Esbatem-se no colorido
Desta grande imensidão!
O verde dá-nos esperança
O azul gratidão
O vermelho cor de sangue
Traz-nos de volta a ilusão.
O amarelo e o laranja
A alegria de viver…
De esquecer a solidão!
O colorido...o calor…
Destes lindos campos em flor
São um convite da Natureza
Para a paz e para o amor!
Perco-me neste contemplamento…
Interiorizo esta beleza!
Vivo cada minuto intensamente!
Estou viva!...Tenho a certeza!
Há vida em cada poro!
De meu corpo esquecido!
Das mágoas por que choro!
Daquilo que tenho perdido!

A.C.

Caneta na Mão

Caneta na mão
Palavras a jorrar
Na minha mente...em vão!
Só tenho vontade de chorar…
Escrever, escrever,...somente!
Mas não…
As palavras vêm e vão…
Para lá do firmamento.
Que aperto no coração!
Saudade, tristeza,...emoção?
Caneta na mão!

A.C.

Castigo ou Maldição

Porque tanto procuras perdão?
Quando nada há a perdoar!...
Porque queres ter sempre razão?
Quando alguém te quer ensinar!...
Porque caminhas erraticamente?
Sem conseguir seguir em frente!...
Na tua batalha constante
Não sossegas um instante…
Acalma teu coração ferido…
Vive a vida sem perigo!
De retrocesso em retrocesso
Aprende algo...eu te peço!...
É hora de seguir em frente!
Retira uma lição!
Aceita a mão que se estende!
Faz da vida a tua canção!

A.C.

Ciclos da Vida

A vida são ciclos
Duma poesia eterna
São caminhos percorridos
Trovoada...noite amena!
Dias de calmaria
Ou então de euforia!...
As saudades deixam pena
Dos momentos vividos
Das memórias de pequena
Dos beijos perdidos
Da carícia fraterna
Dos abraços esquecidos…
Nesta alma tão terrena
Cabeça e coração enfraquecidos
Ar que já não Oxigena!...
Corpo frágil, olhos perdidos!...
Nesta ânsia louca e plena
Nestes sonhos adormecidos
Resgatados desta arena
Desta vida pequena!

A.C.

Circo da Vida

A vida é um circo
Em que tens o papel principal
Tens de te saber equilibrar
No grande trapézio fatal
Fazes malabarismo
Com garra sem ser desleal
Neste palco és palhaço
Ris e fazes rir a geral
E no coração um estilhaço
Cravado bem lá no fundo
Apertado como um laço
Fazes rir todo mundo
Tu o triste palhaço!
Cavalgas dia e noite
Sem descanso nem desalento
Domas as perigosas feras
Com mestria e sofrimento
Por um beijo esperas
Ou um acto de reconhecimento
Neste teu frenesim
Não podes perder tempo
A vida é mesmo assim
Resumida a um momento!

A.C.

Como Escrever Alegria

Como posso escrever alegria
Se só recebo notícia triste
Tento viver cada dia
De cabeça levantada
Mesmo que de alma triste
Sem mágoa...com ousadia
Aparando cada bofetada!…
Desde que tu partiste
Só sinto melancolia
Nunca pensei…
Nunca imaginei...
Tão pouco em sonhos
Sonhei...
Como alguém pode aguentar
Tanto desalento...
Tanto sofrimento...
Meu Deus como eu fiquei
Como não queria ficar
No que eu me tornei
Já nada me pode abalar
Tão grande foi o sofrimento
Estou gelada por dentro
Rija que nem cimento
Sou pedra de altar
Em dia de sacramento!

A.C.

Como Eu Gostava!

Como eu gostava
Do tempo de criança
Na calçada andar descalça
Fazer da vida uma dança
Jogar ao pião
Brincar às escondidas
Jogar à apanhada
Saltar ao eixo
Dar uma risada
Para brincar
Tudo serve
Vida pura
Alma leve
Nada dura
Passa breve
Como eu gostava!...

A.C.

Como Eu Queria!....

Como eu queria!...
Que o tempo tivesse parado
Naquele dia
Daquela triste novidade.
Queria nele poder recuar.
Viver cada segundo,
Cada momento, novamente.
Ter muito humor,
Ter muita alegria
Nesta casa sem calor
Nesta casa agora fria!
Vazia!
Como eu queria!...
O aconchego dos teus braços
Juntinhos, abraçados!...
Meu coração está em pedaços
E meus sonhos despedaçados!

A.C.

Confronto Final

Estou a viver…
O Inferno na terra!
Sinto-me a perder…
Na luta com esta fera!
As chamas invadem meu ser!
O corpo parece que soterra…
No labirinto da mente…
No querer e não poder…
Nesta luta desigual
Do bem contra o mal!
Tenho de vencer esta guerra
Em que tudo é surreal!
Quero sair vitoriosa
Neste confronto final!

A.C.

Continuar

Hoje acordei
Com a saudade
A pesar que nem chumbo
Nas minhas costas
Sinto o peso do Mundo!
As lágrimas a aflorar
A tristeza a puxar-me para o fundo
Contra meu querer…
Não quero chorar!
Não sei que fazer…
Como tudo isto parar?
É superior ao meu poder
Tenho de lutar
Contra esta morte sem morrer!...
Este ir ou ficar…
Este querer sem querer…
Esta vontade de te amar
E não te ter…
Esta saudade de te abraçar
E não o poder fazer…
Tenho de caminhar...avançar…
Tenho de viver!

A.C.

Coragem

Hoje ganhei coragem,
Fui ao cemitério.
Recordo a tua imagem
A tua alegria de viver
O teu humor sem igual…
Bate a saudade!...
Dolorosa e persistente!
Triste… olho a campa
Onde descansas finalmente!
Deves ter frio meu amor?
A terra está gelada!
E tem chovido com fervor
Está toda molhada!
Queria dar-te o meu calor…
Aconchego e muito amor!
Falo contigo de mansinho
Dou-te um beijo em silêncio
Choro muito devagarinho…
Sorris para mim…
Lá do alto dizes-me adeus!
Sinto calma…
Está em paz minha alma!

A.C.

Crueldade

Nessa tua crueldade
Nessa tua mente insana
Só vejo muita maldade
Uma alma desumana

Tenho receio por mim
Já nem consigo ser eu
Antevejo um triste fim
O amor em mim morreu

A saia está muito curta!
A blusa é transparente!
Frases saídas à bruta
Dessa boca repelente

Pareces uma palhaça!
Toda tu engalanada!
E com ar de ameaça
Dás-me uma bofetada

Quem julgas tu que és?
Meu dono não de certeza!
Devias beijar meus pés
Tratar-me com delicadeza

Não te quero na minha vida
Quero ser EU por inteiro
Vai tomar outra bebida
Volta para o teu galinheiro
Pois já nada me intimida
Já se foi o nevoeiro!

A.C.

Cruz

Todos nós
Carregamos uma cruz!
Umas mais leves…
Outras mais pesadas!...
A minha está tão pesada…
Que já não posso com ela!
Preciso duma luz!...
Intensa e breve...
Que me faça sentir amada!
Que torne minha cruz leve!
Que me faça prosseguir!
Que me ajude nesta caminhada!
Que me faça sorrir!
Que ilumine meu caminho!
E me aguarde à chegada!
Com muito amor e carinho!

A.C.

Dá-me a Tua Mão

Dá-me a tua mão!
Arranca de mim esta solidão
Sussurra-me baixinho
Palavras com emoção
Palavras de carinho
Palavras de paixão!

Dá-me a tua mão!
Leva-me a ver o mar
Dá-me o teu perdão
Ensina-me a perdoar!...

Dá-me a tua mão!
Caminha a meu lado
Diz que não foi em vão
Este sofrimento passado
Esta triste ilusão
De te querer...e não te ter!
Novamente a meu lado!

A.C.

Dá-me um Abraço

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Aconchega-me
Em teu peito
Arranca de mim
Este cansaço
Este sonho desfeito
Esta tristeza sem fim.

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Ajuda-me a ultrapassar
Esta luta de titãs
Que estou a vivenciar
Estas sombras pagãs
Que assolam meu olhar.

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Procura-me em mim
Já não sei o que faço
Vem ser meu querubim
Desata meu embaraço
Vem ser o meu jardim.

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Um abraço sem fim
Bem gostoso e apertadinho
Deixa-me ficar só assim
A saborear o carinho
Nesta solidão tão ruim.

Vem!…
Só quero o teu abraço!…

A.C.

Desígnios da Vida

Tenho tentado entender
Os desígnios da vida
Quanto mais me deixo envolver
Mais me sinto perdida
Uns a quererem morrer
Outros a lutar pela vida
O nosso dia a dia
É uma luta constante
É uma correria
Um viver ofegante
De noite e de dia
É tão fatigante
Que esqueces a alegria
De um momento só teu
De sentir o cheiro da maresia
De contemplar o azul do céu
De aceitar uma cortesia
Um abraço apertado
Que conforta e dá calma
Um beijo salgado
Que te penetra e toca a alma
Uma paz que esqueceste
Nesse frenesim diário
Neste mundo agreste
Em que és presidiário
Quando caires na real
Percebes o que perdeste
Tudo agora é surreal
É tarde porque morreste!

A.C.

Despertar

Os momentos belos
Que passámos lado a lado
Tornaram-se eternos
Não ficaram no passado
Todos os dias eram recordados
Todos os dias eram vividos
Todas as esperanças retalhadas
Todos os sonhos perdidos!...
Do nada veio tudo!...
Um amontoar de ideias
Um turbilhão de sentimentos
Um silêncio mudo
Alimento de minhas quimeras
Um viver esquecido
Tão cheio de tormentos
Um coração sofrido
De mágoas apertado
De lembranças reprimido
Os sonhos viram realidade
Não esperada nem sonhada
As ilusões sem piedade
Doem como uma bofetada
Nos ombros o peso do Mundo
Na alma esta realidade pesada
Uma dor bem lá no fundo
De não me sentir amada!

A.C.

Dia Fatídico

Arrancaram um pedaço de mim
Naquele fatídico dia
Destruíram nossos sonhos
Roubaram nossa alegria!
Nosso sossego acabou
Naquele dia malfadado
Nossa luta acabou…
Sem nunca ter começado!
A esperança cá no fundo
Luz pequenina a brilhar
Nos fez ultrapassar tudo
Lutar,...lutar e lutar!!!
Quando o diagnóstico se confirmou
Unidos de mãos dadas…
Abraçados, despedaçados…
Até a médica chorou
Ficou sensibilizada.
O chão fugiu-me dos pés!
A visão enevoada!
Notícia malvada!
Vida inacabada!

A.C

Divagações

Quando eu deixar de escrever!...
Fiquem felizes por mim
É porque eu estou bem
Ou chegou o meu fim!...
Quando eu deixar de escrever!...
É porque venci a tristeza
Estou a conseguir vencer
Esta vida de incerteza!...
Quando eu deixar de escrever!...
Perguntem que é feito de mim
Porque algo aconteceu…
Mas perguntem mesmo assim!...
Quando eu deixar de escrever!...
Esqueci o que aprendi
Esqueci-me de viver
Ou então morri!!!

A.C.

Divagando

Hoje dei comigo
A divagar pela vida…
Uns a lutar contra a morte
Outros a ansiar a partida
Porque és assim injusta?...
Levas quem tanto quer ficar
A vida não é um jogo
Não se deve levar a brincar
Tanta luta
Tanto desespero
Tanta agonia
Tanto desvelo!
Esta guerra fria
É uma carta sem selo!...

A.C.

Dois Amores

Tenho dois amores
Qual deles o mais lindo
Um encaracolado e loirinho
Outro preto e lisinho
Dão amor a toda a hora
Sem pedir nada em troca
Dão-te alento vida fora
Sentem quando tua alma chora!
Se lhes fazes uma festa
Dão-te logo uma beijoca!
Adoram fazer uma sesta
Calmos pela tarde fora
Se de manhã estás dorminhoca
Não param de te chamar
Logo um deles protesta
Até te fazer levantar
Assim que te levantas
A alegria está instalada
Fazem tudo o que tu mandas
Sem exigir mais nada!
Com personalidades diferentes
Mas os dois muito queridos
Estão sempre presentes
Até nos momentos sofridos!
Amor incondicional...
Isso sem dúvida nenhuma!
Amor animal…
Que com nada se esfuma!

A.C.


Dor

A mente dá voltas e voltas
Sem nunca parar!
É um mar de águas revoltas
Que não consegues acalmar!
Tudo vês em retrospectiva
Tudo sentes e ficas calada
Perdeste a objectiva
A câmara ficou desfocada…
A foto ficou parada
Naquele momento triste
A vida ficou revirada
Foi um espelho que partiste!...
Caminhei junto a ti
Num silêncio mudo de dor
Foi aí que te perdi
E perdi o teu amor!
Tu sabias!...
Sempre foste um bom actor!
Sentias que morrias
E não expressaste dor!

A.C.

Dou Comigo a Pensar...

Dou comigo a pensar…

O que é a minha vida
Procuro um incentivo
Perco-me neste pensar
Sinto-me perdida
Neste viver aberrativo
Não me consigo encontrar
Depois da tua partida

Dou comigo a pensar…

Para quê lutarmos tanto?
Para num pequeno instante
Tudo não passar dum sonho
A alegria virar pranto
Não consigo seguir adiante
Tudo parece medonho

Dou comigo a pensar…

Que não posso ficar inerte
Não posso desanimar
Tenho de ganhar coragem
E ânimo que me desperte
Talvez um bom sinal
Para continuar a viagem

Dou comigo a pensar…

Que não sei o que fazer
Que só faço é pensar
Naquilo que quero esquecer!

A.C.

Dou Comigo...

Dou comigo...
A pensar nesta vida...

Tão diferente
Tão sofrida
Alma sem abrigo
Neste mundo perdida

Dou comigo…
A pensar nesta vida…

O coração partido
Não sara esta ferida
O amor esquecido
Depois da tua partida

Dou comigo…
A pensar nesta vida…

Mas que vida?
A minha vida perdida!
A minha vida esquecida!
A minha vida não vivida!

Dou comigo…
A tentar viver a vida!

A.C.

Dualidade

Faz hoje um ano
Que partiste meu amor
E me deixaste sozinha
Com a minha dor!…
Dia triste este!…
Em que me falta tudo
A vida ficou agreste
Num momento acabou tudo
Fugiu-me o chão dos pés
Bato bem lá no fundo
Aguentei todas as marés
Esperei dias de bonança
Que tardam em aparecer
São como as ondas do mar
Que contemplo ao entardecer
As que vêm trazem esperança
Fazem meu coração acalmar
Sinto o corpo a arder!…
Sinto-me a incendiar!…
As que vão são temperança
Que não me deixam perder
Que me fazem continuar
Nesta busca incessante
De minha alma desnudar
De ser sol radiante
Neste mundo infernal
De seguir sempre adiante
Nesta luta tão desigual

E nesta minha dualidade
Em que o bem e o mal
Se confrontam sem maldade
Quero o simples...o banal
Corro em busca da felicidade!

A.C.

E Nada!

Já tentei tanta coisa…
Já caminhei parada…
Já sonhei acordada…
E nada!
Caminhei sozinha
No meio da multidão
Só queria uma luzinha
Alguém que me desse a mão
E me fizesse perder
Esta grande solidão
E nada!
Não estou bem em nenhum lado
Nada me dá conforto
É este meu triste fado
Este viver tão absorto
Que me faz desesperar
Na dor e no desconforto
Que não me deixa caminhar
Nem encontrar meu porto
Quero minha vida resgatar
Mas este sufoco morto
Que tira meu respirar
Que só adensa meu penar
Não me deixa continuar!...
Olho em frente!...
E nada!

A.C.


É Tempo De...

É tempo de…
Sonhar acordada
De me desfazer
Desta lente desfocada
Que me faz querer morrer
Que me deixa desolada
O coração a sofrer
A alma mal amada!

É tempo de…
Minha cabeça levantar
E por entre os espinhos
Aprender a caminhar
Apreciar os carinhos
De quem me quer acompanhar
Nestes sinuosos caminhos
Com um sorriso no olhar!

É tempo de…
Minha vida colorir
Enterrar esta dor
Reaprender a sorrir
De mudar de bastidor
De meus braços abrir
De aceitar com amor
Tudo o que está para vir!

É tempo de…
Fazer a vida valer!

É tempo de…
VIVER!

A.C.

Errado Caminho

Manhã primaveril
1° de abril
Tanta alegria existe
Meu coração tão triste
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que ao longo vai caminhando
Nunca me viram falando
Afinal eu sem ninguém
E tudo amigas tem
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que anda sempre sozinha
A pena é toda minha
Vejo tudo até o mar
E também o meu grande penar
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que caminha com intensidade
Em busca da felicidade
Tanto já caminhara
E ainda não encontrara
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Foi num atroz jardim
Que olharam para mim
Fui errada na leitura
Ali era a amargura
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Disseram todos coitada
Ai que vida amargurada
Tão pequena onde veio ter
E eu antes queria morrer
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que com tanta esperança
Que da vida se cansa
Tentei errado Norte
Para ir buscar a morte.

A.C.

Escrevo

Escrevo para esquecer
Escrevo para recordar
Escrevo para não perder
A capacidade de amar

Escrevo para me acalmar
Escrevo com prazer
Escrevo para abraçar
Os que estão a sofrer

Dor e tormento
Nossas vidas estão a ter
Muitos vivemos o momento
Que só queremos esquecer

Se minha escrita ajudar
Se sentir que fui capaz
De vossa dor aliviar
Fico feliz e em paz!

A.C.

Escrita de Lágrimas

Escrevo!...
As lágrimas
Inundam meus olhos
Expressam minhas mágoas!
Escorrem pela minha face
E mancham minhas palavras!...
Parece que querem apagá-las!
Do papel...não da alma!
Aí estão gravadas!
A ferro e fogo talhadas!...
Em toda a minha essência
Estão entranhadas!...
Parece um jogo!...
O jogo da vida...
O jogo da morte...
Vida mal vivida...
Vida sem sorte!
Troveja lá fora!
Troveja na minha alma!
Por isso ela chora!
Busca paz e calma!

A.C.

Esperança

Minha revolta
Aos quatro ventos
Vou gritar
Até a voz me doer
E a força me faltar!
Meus sonhos perdi
Num dia de temporal
Aqueles que não vivi
Perdi-os!...nem um sinal!
Esfumaram-se!…
Na desilusão
Na tristeza
Na solidão!…
Perdi-lhes o norte
Perdi a razão!…
Só me resta a sorte
Para resgatar a ilusão
A confiança e o perdão
Outros sonhos...em construção!
Esquecer dias tristonhos
Alguém que me dê a mão
Que me traga novos sonhos
Me faça enterrar esta dor
Sem receio nem temor
E viver com muito amor!

A.C.

Esperança 2

Este ano vou pintar
Meus sonhos
De azul cor do mar
Com aguarelas de luz
Minha alma vou iluminar
Vou enterrar
Aqueles dias medonhos
Vou amar
De dia, de noite, ao luar
Mesmo em contraluz
Vou sorrir e brincar
Vou deixar a vida fluir
Sem segredos nem reservas
A calma redescobrir
Vou caminhar
Por portas e travessas
Até a vida encontrar
E lá me vou perder
A sorrir e a sonhar
Sem nada a esconder
Somente a viver!

A.C.

Estou Cansada

Estou cansada
Desta inércia emocional
De não fazer nada
Com este sentir irracional

Estou cansada
Desta solidão infernal
De me sentir isolada
Neste silêncio surreal

Estou cansada
De viver sem vida ter
De não me sentir amada
De não conseguir esquecer

Estou cansada
De meu tempo perder
Nesta bruma embuçada
A que muitos chamam viver

Estou cansada
Desta vivência atormentada
Desta vida malfadada
Desta luta fracassada

Estou cansada
De estar cansada
E de nada fazer
Para acabar esta saga

A.C.

Estou Mudada

Estou mudada
Não sei se para melhor
Se para pior…
Só sei que estou mudada!
Este último ano
Foi uma grande provação
Foi tão desumano
Tão cheio de desilusão!
Tive de aprender
A conviver com a dor
A dormir com a solidão
A redescobrir o amor
A chorar na escuridão
A tentar renascer!
Não tem sido fácil
Agarrar esta ilusão
Ser uma pessoa dócil
Sentir gratidão!...
Luto por mim…
Luto por nós…
Não sei viver assim
Nestes dias tão sós!...
Fiz amizades novas
Que me trouxeram luz
Ultrapassei muitas provas
Amenizei minha cruz!
Este ano mudei!
Para melhor?
Para pior?
Não sei!...
Só sei que mudei!

A.C.

Eternamente Ausente

Há dias!…
Que apesar de
eternamente ausente
Sinto-te tão perto
Tão presente!…
Os teus beijos
Doces e quentes
O teu sussurrar
No meu ouvido
Que sempre me irás amar
És o meu porto de abrigo
Que juntos iremos ficar
Sensações sempre presentes
União de dois corações
Perca de emoções
Esta mão vazia e aberta
Esta boca calada e fria
Esta mente desperta
De ilusões vazia
De recordações completa
Esta certeza incerta
Que apesar
De eternamente ausente
Vais estar
Sempre presente!

A.C.

Eu

Ao longo da rua caminho
A minha sombra dança
Negra e sinistra
Entre raios de sol!
Caminho sozinha
Mas as aves, as flores
E as próprias pedras do chão
Têm medo da minha solidão
Cansei-me de lutar
Contra o mundo alheio
E no meu próprio medo
Deixe-me arrastar num chorrilho
De paixões e violências
Vivi os prazeres e angústias
Tornei-me semelhante
Aos répteis que rastejam na poeira
Ao próprio Satanás na maldade
Consegui apenas a insatisfação
Do tempo mal vivido
E talvez o ódio de todos os seres
Sem uma mão amiga
Mas tornei a cair
Não tinha lugar neste mundo
Mas apenas nas catacumbas
Do outro…
Neste labirinto perdi-me
E vagueei em vez de viver
Quanto tempo passou?
Não sei!...
Sei apenas que sonhei
Sonhei e vivi sonhando!

A.C.

Fantasia

Sobre as ondas caminho,
No imenso azul do mar!
Caminho perdida...
Sinto minha alma a pairar…
À minha frente!...
A negra morte!
Sombria, triste…
Escuridão!
Sorrio!...
Estendo-lhe a mão!
Vira-me as costas!...
Afasta-se lentamente!...
Em mim… sente-se a solidão!...
Regresso ao meu corpo!
É como um sopro!...
Vejo-me a dançar,
Num campo florido!...
Múltiplas cores…
Diversos odores…
Danço sem parar!
Lindo colorido!
Um beija-flor,
Minha face vem beijar!...
Tanta paz!...Tanta alegria!...
É a vida a chamar por mim!
Doce fantasia!

A.C.

Felicidade

Felicidade
É um sentir da alma
Que acalenta a vida
Enche-te de calma
E do mal ficas esquecida!
Felicidade
Será que existe…
Na sua plenitude?
Ou são ténues momentos…
Que em ti sentiste?...
Ser feliz totalmente…
Não existe!
Sentes-te feliz…
Mas momentos há…
Que te sentes triste!
A vida é assim!
Felicidade
Na sua plenitude…
Não existe!
É o que queres
Mais que tudo!
Mas... conseguiste?
Não!...
Porque não existe!

A.C.

Férias

Férias
Momentos de lazer
Poder descansar
Tudo a acontecer
Viajar...conviver…
Sair da rotina!
Pisar a areia molhada
Passear pela ravina
Alma descansada
Sonho de menina!...
Falta uma mão na minha
Um abraço aconchegante
Uma carícia levezinha
Um beijo reconfortante
Sentir que não estou sozinha
Algo que me leve adiante!
Sonho...ilusão
Um querer sem ter
A minha mão é só a minha mão
Um abraço a não acontecer
Carícia só do vento Suão
Esta solidão sozinha
Esta tristeza gigante!
Quero sair desta linha!
Viver...seguir adiante!

A.C.

Filha

Nasceste tão pequenina,
Tão frágil
Mas uma força de viver imensa.
Uma força que te acompanha
Ainda hoje.
Vives cada segundo
Como se fosse o último.
Como se não houvesse amanhã!
Tens de acalmar!
Não podes deixar que a vida
Passe por ti
Mas sim tu é que tens de
Passar por ela.
Fazer as tuas melhores escolhas,
Viver o melhor possível,
Sem te machucar a ti,
Nem a ninguém!
Já passaste por muitas provações
Mas estás cá...de pé,
Resistente como um carvalho milenar!!!
Esta és tu!
A minha filha!
A minha companheira!
A minha amiga!
Menina guerreira!
Como sinto orgulho de te ter!

A.C.


Flor na Mão

Sou uma borboleta
Sentada nas asas do vento
Quero voar bem alto
Lá longe no firmamento
Vou depositar uma flor
Nas mãos do meu amor
Mas o vento malvado!
Soprou...soprou…
Soprou com tanto fervor
Que para longe me levou…
Meu corpo ficou gelado
Foi então que ele parou!
Bem juntinho ao mar
E aí me largou!
Vi o sol espreitar…
Quiçá envergonhado!
Por entre as nuvens ficou
Com um brilho acanhado!
Teve medo de sorrir!...
Escondeu-se no céu
E ficou a dormir!
Eu perdida fico!...
Olhar no chão…
De tudo abdico!
Flor na mão…
E mágoa no coração!

A.C.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Frases

A vida é complicada
Uns dias tudo...outros nada!
40 anos sem escrever…
Voltou tudo a acontecer!

No terror da minha insónia
Vêm-me frases lindas à memória
Mas de manhã ao levantar
Já não as consigo recordar!

Esta noite aconteceu!
Um belo tema apareceu!
Mentalmente fiz um poema…
Lindo...mas qual é o tema?...

Fico triste a pensar
No que esteve e deixou de estar!
Porque não me quis levantar???
Era mais um para partilhar!!!

A.C.

Gente

Já conheci muita gente!
Gente boa...Gente má…
Gente assim, assim!
Gente que mente!
Gente que ri!
Enfim...gente!...
Com seus defeitos,
Suas qualidades.
Amigos do peito,
Que estimam as amizades!
Outros indiferentes,
Só pensam em maldades!
O ser humano na sua essência!!!
O Sr. fulano…
Que se acha Sua Excelência!
O humilde carinhoso
Que todos trata bem!
Ou então o raivoso
Que não respeita ninguém!
Gente!...
Simplesmente gente!...

A.C.

Gratidão

Todas as manhãs
Acordo ao belo som
Do chilrear dos passarinhos!
Centenas…
fazem dormitório na nespereira
Do quintal do meu vizinho!
Aí construíram seus ninhos
Para criar seus filhinhos!
Campo na cidade…
Que felicidade!
Bênção divina…
Que acalma minha ansiedade!
De quando em vez…
Os filhotes que mal sabem voar
Andam a aprender
Com a mãe a ensinar!
Mas é difícil…
E vem a aflição!
Caíram no meu quintal!
O som aflitivo da mãe
Chamou minha atenção
Foi ela no seu desespero
Que me indicou a localização!
Pensava ser só um…
Mas eram dois afinal!
Com alguma dificuldade
Consegui tê-los na minha mão
E colocá-los do outro lado!
O som aflitivo parou!
A mãe logo se calou
E para junto deles voou!
Senti gratidão!...
Naquele pequeno ser
Tão frágil e pequenino
Conseguiu ter…
O que certos humanos não!
Gratidão!

A.C.

Gratidão 2

Agradeço a Deus
As pessoas lindas
Que me ofereceu
De coração aberto
Se cruzaram com o meu
partilharam suas vidas
Sem nada pedir em troca
Escutaram meus lamentos
E nunca fecharam a porta
Foram estas almas lindas
Que iluminaram o breu
Do meu coração gelado
Que depressa aqueceu
A beleza interior
Não se finge nem ilude
Desabrocha como uma flor
É beleza...é virtude
Transparece em amor!
Pelas belas amizades
Que Deus me ofertou
Onde não há falsidades
E a maldade não chegou
Vejo chegada a hora
De a todos agradecer
E pela vida fora
Gratidão até morrer!

A.C.

História de Amor

História de amor
Inacabada…
Que se perdeu
Nas memórias do tempo!
Esfumou-se…
Com o vento!
Ficou no esquecimento!
Até um dia…
Um breve momento…
E de repente...
Tudo se acende!
Tua alma se incendeia!
Teu corpo treme!
Amor eterno!
Eterno como o tempo!...
Breve momento!...
Foi-se de mansinho!
Perdeu o seu tempo…
Errou o caminho!...

A.C.

Hoje Acordei

Hoje acordei,
Com uma paz interior
Há muito não sentida,
O coração cheio de amor,
Vontade de viver a vida!
Sou um ser abençoado
Rodeada de amigos lindos,
Que fazem com que meu triste fado
E meus problemas sejam ínfimos!

Saí…
O pequeno-almoço fui tomar
Na pastelaria do Centro
E lá fiquei a conversar
Vivendo aquele momento.
Falei com grandes amigas,
Matei minha saudade,
Acalmaram minhas feridas
Senti essa necessidade!

Hoje acordei,
Com vontade de viver!
Uma paz que eu nem sei…
Não consigo descrever!

A.C.


Hoje Sou

Hoje sou poetisa
Dos poemas inacabados!
Sou a suave brisa
Dos casais enamorados!

Hoje sou solidão
Daqueles que vivem sós!
Ofereço-lhes minha mão
E o sossego da minha voz!

Hoje sou desilusão
Das almas que vagueiam!
Em busca do perdão
Presente que mais anseiam!

Hoje sou esperança
De quem perdeu tudo!
Sou a breve lembrança
O seu poema mudo!...

A.C.

Hora Certa

Ainda bem que partiste
Já não estás a sofrer
Aquilo que não viste
Não te pôde abater
Partiste na altura certa
Quem dera ter sido eu
A morte uma porta aberta
Ao coração que sofreu!…

Busco forças!
Já não as encontro
Ris e ainda troças
És feliz no confronto!…

Só queria uma luzinha
No meio da escuridão
Mas triste alma minha
Tão só na multidão!…

Já não sei o que é certo
Nem tão pouco o errado
Só queria não estar perto
Desse coração mal amado!…

As lutas são muitas
As certezas tão poucas
As alegrias fortuitas
As esperanças loucas!…

A.C.

Horas, Dias,...Anos!

Passam-se horas,
Dias, meses,...
Talvez anos!
Tu ainda choras,
Vezes e vezes sem conta!...
Até perder o contar…
Sempre a recordar!
Alimentas-te das recordações,
Elas de ti se alimentam!
Sugam-te a energia,
A alma te acorrentam!...
São os vampiros,
Das tuas ilusões!
As bactérias,
Das tuas quimeras!
Assim vais vivendo,
Sem alegria nem alento!

Passam-se horas,
Dias, meses…
Talvez anos!
E tu?!
Recordas para não esquecer…
Não esqueces recordando!

A.C.

Ingratidão

Ingratidão
Palavra que aflorou
Em minha mente!...
As pessoas são ingratas!
Muitos patrões são ingratos!...
Mas a rainha da ingratidão
É a vida!!!
A vida tudo dá e tudo tira!...
Num momento tens tudo…
No outro não tens nada!...
A vida!…
É uma malvada!
Não respeita sentimentos!
Não contempla bondade!
Só te dá tormentos!
É toda sarcasmo e maldade!
Brinca connosco a descarada!
Se tens sorte...sorri-te!
Se não dá-te a morte!
Perdi-te!...
Não tivemos sorte!...

A.C.

Inocência

Quando somos jovens
Acreditamos em tudo!
Na vida
Nos namorados
Nas pessoas!
Não vemos pecados
Só coisas boas!
Os anos vão passando
As mágoas vão aparecendo
Os desgostos vão pesando
As mentiras transparecendo!
O que julgavas verdade
Passou a ser maldade!
Teus olhos vêem diferente
Detectam a falsidade
Que reside em muita gente
Que só vive de vaidade
Sem saber ser inocente!
Não sabe o valor da lealdade
Não sabe ser transparente!
Ser criança que saudade…
Queria ser novamente!

A.C.

Interruptor

Quem me dera
Um interruptor ter
Que pudesse desligar
Para tudo esquecer
Bem quero fugir
Bem quero viver
Mas não te vejo partir
Venha eu para onde vier
Vestiste-te em mim
Não me largas um minuto
É uma luta sem fim
E não vejo nenhum fruto
Carrego-te nas costas
Curvo-me perante ti
Sei que é isso que gostas
Lembrar-me o que perdi
Procuro gente
Esqueço por um momento
Mas logo vens contente
Lembrar-me o sofrimento
Quem me dera
Um interruptor ter
Que pudesse desligar
Para tudo esquecer!...

A.C.

Já Fui...

Já fui tempestade!
Já fui vulcão!
Na minha ansiedade
Fui um furacão!
Do sim fiz não!
Do mau fiz bom!
Aprendi o que era o perdão
Não sabia que tinha esse dom!
Deixei de correr...
Mudei de vivência!
Sofri a sofrer…
Ganhei experiência!
Só quero viver…
Nesta doce inocência!

A.C.





Já Não Sei!

Já não sei quem sou
Nem qual o meu papel
Esta mágoa que restou
Amarga que nem fel
Este punhal aguçado
Que meu coração trespassa
Este viver amaldiçoado
Esta tristeza que não passa
Já não sei que fazer
Nem tão pouco o que pensar
Para acabar este sofrer
E minha vida acalmar!...

O tudo passou a nada!...

Tanto amor
Tanta alegria
Tanta paz…

Tanta dor
Tanta melancolia
Tanto de incapaz…

Tudo se desfaz!
Já não sei o que fazer
Só sei que tanto faz!...

A.C.

Já Não Sou Eu!

Olho para trás
E já não me vejo
Aquela pessoa ali
Não sou eu!
Aquela pessoa que ri
Que está a olhar para mim
Já não sou eu!
A cara sem rugas
O olhar alegre e calmo
O sorriso aberto
Aquele ar maroto
De quem nada teme!
Para onde fui?
Donde veio este andar incerto
Porquê tanto receio?
Tanto medo de não dar certo?
Esta tristeza no olhar
Esta boca que teimo em fechar…

Para voltares a ser
A pessoa que já foste
Esta luta tens de travar!
De coração aberto
E esperança no olhar
Gostares daquilo que vês
Apagar o que a vida te fez
Tomar o incerto por certo
E querer continuar!

A.C.

Juventude vs Experiência

Quando somos jovens
Não valorizamos aquilo
Que realmente tem valor!
Mais tarde…
Com o passar da idade
Pensamos nas tolices…
Nas maluquices…
Não podemos voltar atrás
Pois já é tarde!
Decisões tomadas
Nessas épocas passadas…
Acompanham-te
Nas tuas caminhadas…
Pensas!...
Se não tivesse feito?!...
Se não tivesse dito?!...
Como teria sido?
A vida…
Seguiu seu rumo!
De nada serve o azedume!
Pensas...
Porque não me deu Deus
Esta sapiência
Quando era jovem
Na minha inocência?...
Lembro as palavras
Que minha mãe proferia!
E percebo...
Quando ela dizia!
Que queria ser jovem
E saber o que agora sabia!

A.C.

Lá...

Leva-me os olhos,
Gaivota!
Lá…
Onde a noite se faz dia,
Onde a tristeza se transforma em alegria!
Lá…
Onde não há fome nem guerra,
Onde não há dor nem miséria!
Lá…
Onde tudo tem um Norte,
Onde não há morte!
Lá…
Onde o sonho não é quimera
E o Mundo é uma Primavera!

Leva-me os olhos,
Gaivota!
Lá…
Onde o mau é bom
E viver é um dom!
Lá…

A.C.

Lágrima

Uma lágrima desliza timidamente,
Escorre na tristeza da minha face,
E desaparece...finalmente
No calor do meu regaço!
Lágrima de amor…
Lágrima de saudade…
Lágrima de dor…
Lágrima de vontade!
Vontade de mudar!
Vontade de viver!
P’ra outra vida rumar,
Se assim tiver de ser…
Mas é difícil mudar!!
E nesta busca incessante…
Neste desejo fulminante…
Não sei se melhor vou ficar!?
Só sei que tenho de mudar!!!

A.C.

Lágrimas

De minhas lágrimas
Fiz poemas!
De minhas mágoas
Recordações!
De meu choro
Fiz canções!
De minha tristeza
Alegria!
De meus ódios
Fiz perdões!

O viver cinzento…
Esse...levou-o o vento
Para longe no firmamento
Onde brilham as estrelas
E se perde o pensamento,
A dor e o sofrimento!

A.C.

Luz Interior

Todos temos
Uma luzinha interior
Que brilha com intensidade
Quando damos e recebemos amor!
Como todas as luzes…
Precisa de alimento
Ela deixa de brilhar…
Entra em sofrimento
Se o pavio não acende!...
Esta luzinha de amor…
Faz-te sonhar...seguir em frente!
Na mão levas uma flor…
O coração não tem dor…
A alma se desprende
Dos preconceitos, do pudor…
Do desespero que te prende!
Luzinha amiga!
Não te apagues!
Preciso de guarida…
Preciso que me afagues
Aquece minha alma
Ilumina meu caminho
Traz-me de novo a calma
Enche-me de carinho
Guia-me na sensatez
Conduz meus passos
Dá-me lucidez
Para reconhecer os abraços
Que são puros e sem malvadez
Ilumina estes olhos baços
Acaba com meus Porquês!

A.C.

Mãe

Mãe!…
Que saudades…
Do aconchego dos teus braços,
Das tuas gargalhadas,
Dos teus conselhos,
E até das tuas palmadas!...

Mãe!...
Preciso que me oiças,
Que me aconselhes,
Que me abraces forte,
E até que ralhes comigo!...

Mãe!...
Falo contigo… não me respondes,
Peço carinho… não mo podes dar,
Triste solidão!...
Já não te ter para amar!

Mãe!...
Queria dizer-te tanta coisa,
Que não te disse!...
Queria mostrar-te mais,
Minha gratidão,
E não posso!...
Queria quando choras,
Limpar tuas lágrimas!
Queria beijar-te mais!
Queria acalmar tuas mágoas!
É tarde demais!

Mãe!...
Como preciso de ti!...

A.C.

Mais Um Dia

Cada dia que passa
É mais um nas nossas vidas
E menos um na tua!
É mais um dia
Onde a tristeza e a saudade
São Rainhas!...
Que maldade!...
Dançam nas nossas mentes
Brincam e riem
De nossos sentimentos!
Gozam com a gente…
Os dias são tormentos!...
A nossa casa…
Mesmo sem ti
É a nossa casa!
Eu...sem ti
Sou e serei sempre
A tua mulher!
Doa o que doer…
Venha o que vier…

A.C.

Melodia da Vida

Ruíram os meus alicerces
Rasgaram-se-me as entranhas
A esperança está em ruínas
A vida uma cadeira de montanhas
Que vou escalando
Das formas mais genuínas
Que vou contornando
As aguçadas esquinas
Olho o vazio…
Mentes insanas...
Vidas pequenas...
Invadem meus pensamentos
Figuras masculinas
Dançam e viram no firmamento
Sombras bailarinas
Me assolam...são um tormento!…
Procuro!…
Um ponto de equilíbrio
Na corda bamba da vida
Só quero algum alívio...
Não me sentir tão perdida!
Espero!…
Do fundo do meu ser
Recuperar a harmonia
A calma voltar a ter
E da vida fazer
Uma bela melodia!

A.C.

Memórias de Infância

Alentejo
Minha terra
Meu berço de nascença
Meu lar aconchegante
Onde vivi minha infância!
Vivências que nunca esqueci
Apesar da distância!...
Amizades que construí
Raízes que criei
Recordações que não perdi
Com carinho recordei!
Levantar bem cedo
Para fugir ao calor
Caminhar sem medo
Na alma nenhum temor!
A horta tem de ser regada
Os campos estão em flor
A erva daninha arrancada!
Água fresquinha do poço
Onde a piroga trabalha
No cabaz o almoço
Na figueira uma gralha
Ao longe os abutres
Hoje quase em extinção!
Na velha árvore juntos
Aguardando uma refeição!
À tardinha regressamos
De cesta na mão
E muito amor no coração!

A.C.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Memórias

Memórias…
Retalhos da vida,
Que ficam…
História não esquecida!
Castelos de papelão…
Que emergem
Da minha solidão!...
Ouço o teu respirar,
Quando à noite
Me vou deitar!
Sinto a tua mão,
Minha face acariciar!
Doce fantasia…
Doce ilusão…
O que fica?...
Aquela eterna recordação!...

Mas…
Quando a memória,
Perde a memória!...
Acaba-se a vida!
É o fim da história!

A.C.

Memórias 2

29 de abril,...
Fotos pelo chão,
Cabeça a mil,
Caneta na mão!
Recordação!
Recordo este dia!...
Vem uma tristeza,
Uma nostalgia!
Já não tenho a certeza
Do que melhor seria?!...
Um dos dias mais felizes
Da minha vida…
Transformado
Com tua partida
em tristeza
E melancolia!
Hoje vivo de memórias…
Conto histórias…
Das nossas conquistas
E vitórias!
Para não esquecer!...
Para preservar!...
Começo a escrever,
Escrevo sem parar
Até a mão me doer
E minha alma acalmar
Ou deixar de padecer!
Escrevo por escrever!

A.C.

Menina Adolescente

Menina adolescente
Menina inocente
Descobriste o amor
E logo tanta dor…
Amaste incondicionalmente
Amor ardente
Foste rejeitada
Menina mal amada
Sofreste a solidão
Ninguém te deu a mão
Caíste no fundo
Sem conhecer o Mundo
Levantáste-te altiva
És esperança viva!
Coração magoado
Juízo infernizado
Cresceste para a vida
Deixaste de estar perdida
Levantaste a cabeça
E a luta recomeça...
Menina adolescente
Menina resistente!

A.C.

Menina-Mulher

Ontem fui menina
Hoje sou mulher!

Mulher vivida…
Mulher sofrida!

Mulher!...

Mulher magoada…
Mulher desesperada!

Mulher!...

Mulher trabalhadora…
Mulher lutadora!

Mulher!...

Mulher amada…
Mulher acompanhada!

Hoje...Mulher só!

A.C.

Minha Amiga

És a rainha da festa!
Saltas, cantas
Gritas e danças!...
Todos te vêm admirar!
És a maior!
Sentes-te a maior!
Mas não!...
Quem queres tu enganar?!
A ti?...aos outros?...
É disto que gostas?...
Que aqueles que te bajulam,
Se riam nas tuas costas?...
Não!
Só queres combater a solidão
Que se abate sobre ti
Quando te deitas no colchão
E não tens ninguém ali!
É isto que queres?...
Não!
Queres alguém que de mansinho
Te beije e te estenda a mão…
Te abrace com carinho
E acabe com essa solidão!
Não é esse o caminho
Vives numa ilusão!...
Teu corpo fala baixinho…
Escuta teu coração!

A.C.

Minha Irmã

Quando penso,
Em quem já partiu…
Fico triste!
Dou-me conta...
Do mesmo sangue que
Em minhas veias corre
(Para além dos meus filhos e do teu)
só te tenho a ti…
Só nos temos uma à outra,
Querida irmã!
Tristeza tão grande,
Quando vês todos partir,
Ao teu redor,
E tu!?...
Cada vez mais isolada
E só!!...
Não me abandones!
Estás tão só quanto eu!
Se só te tenho a ti!?
Tu só me tens a mim!?
Somos uma família pequena!
Que importa!?
Se o lema for…
Amor, carinho, compreensão,...
Muito amor no coração!

A.C.

Morre-se

Morre-se de amor
Mas também de desamor
Morre-se sem ter nada
Mas também tudo tendo
A morte pode ser rápida
Ou então muito lenta!
Todos os dias se morre um pouco
E um pouco se morre por dia!
Morre-se por fora
Mas também se morre por dentro
Morre-se para a vida...
Morre-se para a luta…
Morre-se para a Morte!

A.C.

Mulher

Onde estás?
Mulher sofredora
Mulher lutadora
Que mesmo sofrida
Nunca se deu por vencida!…
Para onde foste?
Partiste e não regressaste
Esqueceste o caminho
Ou simplesmente esgotaste!...
Volta!
Procura por mim!
Preciso de ti!
Nesta minha luta sem fim
Não me deixes parada aqui!…
Volta para mim!
Não sou nada sem ti!

A.C.

Mulher 2

Olhos azuis…
Lindos, expressivos…
Duma candura divinal!
Neles se espelha,
A pureza da tua alma,
A tua força interior,
A Mulher que és,...
E sempre serás!
Foste ousada,
Inteligente
E muito amada!
Enfrentaste tudo e todos,
Em busca da felicidade!
Ganhaste!!!
Mulher guerreira!
Mulher forte!
Mulher coragem!...
Simplesmente Mulher!

A.C.

Musa Inspiradora

És minha musa inspiradora
Creio que é esse o teu querer
Pela vida fora
Nunca irás esquecer
As palavras que te disse
E nunca quiseste crer!...
Vais acordar um dia
Sentir dor e solidão
A vida vazia
E mágoa no coração!
Nos contos de fadas
Tudo sempre acaba bem
As princesas encantadas
Encontram sempre alguém
Mas nestes caminhos reais
Tão cheios de encruzilhadas
Se fazes escolhas fatais
Vidas ficam despedaçadas
Sem dó nem piedade!…
Olhas para trás e que vês?…
Triste mocidade!…
Tanto sonho…
Tão pouca realidade!...

A.C.



No Dia da Minha Morte

No dia da minha morte,
Não chorem!
Não tenham pena!
Não me ofereçam flores,
Que já não possa cheirar!
Não vertam lágrimas,
Que já não possa limpar!

No dia da minha morte,
Lembrem-se de mim
Com vida,
A sorrir, a brincar,...
Pensem como é bom
Recordar!

No dia da minha morte,
Não se despeçam com um adeus,
Mandem-me um beijo…
E digam...até breve!
Vai amiga p’ra junto dos teus!

A.C.


Noite Triste

Da janela do meu quarto
Vejo a lua redonda e brilhante
E o céu todo estrelado
Escureceu num instante
Não... não foi o céu!…
Fui eu!…
Os olhos rasos de água
Deixaram tudo nublado
Cerraram-se por instantes
Estava tudo acabado!…
Uma lágrima indiscreta
Rolou pela minha face
Apanhei-a de mão aberta
Limpei-a no regaço.
Abro os olhos!…
Ao longe na estrada
Silhuetas que se deslocam
Numa cadência apressada
Numa azáfama inexplicável
De relance olhares trocam
E seguem a caminhada!…
Caio em mim!…
Novamente as lágrimas brotam
A vida é mesmo assim
É noite de consoada!…

A.C.

Noite

No silêncio da noite
Vens de mansinho,
Deitar-te junto a mim…
A cama estremece
Sinto uma alegria sem fim!
Minha alma fica cheia
De luz, alegria e paz
Quando a noite de mansinho
Pra junto de mim te traz.
Acordo!!!
Ó realidade triste!
Tu não estás lá…
Só a recordação persiste.

A.C.

Nostalgia

São nove da manhã!
Sentada na esplanada
Do bar da praia,
Bebo um café
Perco-me na imensidão
Do azul do mar…
Com a chávena na mão
Recordo os belos momentos
Aqui passados…
Levanto a cabeça,
Olho para o céu,
O azul enche meu coração…
E vem-me à memória,
Tanta recordação…
Umas boas, Outras más!...
Tanto faz!!!
Vivências vividas,
Alegrias e tristezas repartidas,
Lembranças que se desvanecem
No meu ser!!...
Como as ondas do mar,
Na areia se deixam perder.

A.C.

Novo Ano

Aqui estou eu!...
Com os meus fantasmas
Aguardando a chegada
Deste Novo Ano que tarda!...
Já se esgotaram as lágrimas
Só... aguardando a chegada!…
De ilusões esgotadas
Sem soluções para nada
Aqui estou eu!…
Aguardando a chegada!
De quê?
De tudo e de nada!
Só... aguardando a chegada!
Com esperança redobrada
E alma desolada
Aqui estou eu!…
Só... aguardando a chegada!…
Dum anjo ou uma fada
Que me devolva o sorriso
Me dê aquilo que preciso
E que tanto me tarda!
Aquela alegria que não vem
Vontade de chegar mais além
E continuo parada
No início desta estrada
Aqui estou eu!…
Só… infeliz e esgotada!
Unicamente aguardando a chegada
Que tanto tarda!

A.C.

O Amor É!

O amor é cego!
Não ouve, não vê…
Só sente!
O amor levanta o ego!
O amor em tudo crê!
Faz parte da gente
Daquilo que não se vê!
O amor dá-te paz…
Alegria e dor!
Tanto faz!...
Tudo isto é amor!
O amor aquece a alma
Apazigua o espírito!
O amor tudo acalma
Faz-te engolir o grito!
O amor enaltece-te
Faz-te um ser melhor!
A falta dele embrutece-te
Transforma-te no teu pior!
O amor faz-te esquecer de ti
Faz-te viver para o outro!
Agora sei o que perdi
Foi muito...não foi pouco!...

A.C.

O Nosso Amor

O nosso amor a tudo prevaleceu
Menos à morte cruel
Que de noite apareceu…
E como um cinzel
A dor esculpiu no meu rosto,
A saudade no meu coração.
Arrancou do meu ser
A alegria de viver!
Nostalgia!...
Já não sei o que fazer?!...
Pego na caneta e no papel,
Escrevo até a mão me doer,
E das dores do coração
Me fazer esquecer!
Mas as malvadas!...
Regressam rapidamente,
Rasgam os sonhos, dão risadas,
No interior da minha mente.
Penso em ti...e vem a calma,
Recordações preciosas…
Uma saudade infinita…
Vivências dolorosas!

A.C.

O Teu Olhar

Queria eternizar
Num breve momento
A beleza daquele olhar
Maroto!…
Cheio de atrevimento
Aquele olhar garoto
Que me despia a alma
Que alegrava meu coração
Trazia uma suave calma
Travava minha abnegação
O teu olhar no meu
Tua mão na minha mão
Esse olhar que me convenceu
Esse olhar brincalhão
Que me levava ao céu
Como um sopro...uma visão
Que me tirava o véu
E despia com paixão
Esse olhar só meu
Que me guiava em contra-mão
Esse olhar travesso
Era a minha perdição
Esse olhar que não esqueço
Nesta minha solidão
Sonho e por fim adormeço
Nesta doce recordação!

A.C.

Oito ou Oitenta

Passaste de oito a oitenta
Viver só te atormenta
Já nada te acalenta
Tudo se fragmenta
Pedaços tão pequeninos
Que não consegues juntar
Apanhas só os espinhos
As alegrias nem pensar
Anseias um dia melhor
Que demora em chegar
Quando essa tristeza se for
Talvez consigas amar
Eliminar essa dor
E teu coração descansar!

A.C.

Onde Estão Meus Sentimentos

Já não sei onde andam
Certos sentimentos
Levaste-os contigo
Só deixaste o sofrimento
Este viver sem viver
Este sentir-te ausente
Este tentar sobreviver
Esta dor contundente
Os dias passam
Vivem-se momentos
Que em ti colapsam
Vês-te em fragmentos
Já não és o que eras
Perdeste tua essência
Foste deixada às feras
Perdeste a resiliência!

A.C.

Onde Estás Meu Amor!

Faz sol lá fora!...
Na minha alma chove!
Chuva miudinha…
Nuvem cinzenta!
Desgraça minha…
Que me atormenta!
Quero chorar…
As lágrimas não saem!
Minha dor desabafar…
As malditas não caem!
Na sua teimosia,
Alimentam minha dor…
Minha alma fica fria!
Que foi feito do amor?!
Perdi-o...quando te perdi!
Procuro-o e não o encontro!
Só sei o quanto sofri…
Amor e ódio em confronto!
Sossega!
Alma minha!
A vida avança!
Caminha,...caminha!

A.C.

Onde Estás

Onde estás?
Vem para junto de mim
Afaga minha dor
Dá-me o teu amor!
Abraça-me sem fim
Preciso de ti!...
Agarra-te a mim…
Fica somente assim!
Dá-me os teus desvelos
Desenrola os novelos…
Que a vida enrolou!
São os meus apelos
Para tudo que ficou!
Estou perdida
Nas minhas divagações
Tenho a alma ferida
Perdi minhas aptidões…
A razão denegrida
De tantas provações…
Não sei que fazer?...
Preciso de ti!...
Vem pra junto de mim!

A.C.

Ontem Fui...

Ontem fui rainha
Em teus braços
Hoje sou plebe
Em cemitério ateu…
Ontem alma que caminha
Risonha e alegre
Vida escrita sem embaraços
Hoje alma que não recebe
Carinhos nem abraços
Escura que nem breu
A cair aos pedaços
Coração plebeu
Cheio de estilhaços
Esquece que sofreu
Aconchega-me em teus braços
Faz teu sorriso só meu!

A.C.

Paixão

Quero perder-me nos teus braços,
Sentir a maciez da tua pele,
A nudez do teu corpo!...
Beijar tua boca a saber a mel!
Quero eternizar este momento,
Apreciar cada minuto passado contigo!
Quero parar o tempo!...
Mas não consigo!!!
As tuas carícias…
Tão suaves,...tão ternas,
Provocam sensações estranhas!...
Tremem as pernas…
Sinto arrepios na pele…
Um novelo nas entranhas…
Um calor no coração…
A minha mão na tua mão…
Sou tua simplesmente…
E do tempo perco a noção!
Amo com paixão!

A.C.

Palavras

As palavras
Quando proferidas
Umas são banais
Não deixam feridas…
Outras de tão aguçadas
Ferem que nem punhais!
As palavras
Têm a força
Que tu lhes transmites
Falam por ti
Expressam teus sentimentos
Emitem o que tu emites
Mentem se tu mentes
Gritam mesmo que não grites
Riem de contentes…
A força das palavras
Não tem limites
Acariciam-te a alma
Unem corações
Dizem tanto sem falar
Expressam tantas emoções
Podem gritar
Sem emitir som…
Podem falar
Sem nada dizer…
Podem amar
Sem nada fazer…

A.C.

Palavras 2

As palavras escorrem livremente,
Da caneta para o papel.
Acelera a minha mente…
Mais parece um carrossel!
Gira...que gira…
E volta a girar!!!
Até alguém a corrente desligar.
Mas o meu pensar,
Não se desliga da corrente?!
Penso...penso, até me cansar
E adormecer suavemente.
O corpo descansa…
Mas não a mente!
E assim continuo no meu penar…
Nada mais faço senão pensar!

A.C.

Palavras 3

As palavras são armas!...
Quando bem ditas são colossais
Quando arremessadas
São infernais…
Ferem que nem punhais!
Há palavras que insinuam
Outras há sem preceito
Que te despem e deixam nua
De mágoa e preconceito
Outras então…
Ferem demais
Se por acaso dizes não
A coisas às vezes banais!
Palavras vão…
Palavras vêm…
A uns dás a mão
A outros o desdém!...
Com as palavras dás amor
Demonstras raiva ou paixão
Manifestas um dissabor
Ou outra qualquer emoção!...
Expressas aquilo que queres
Com sabedoria e inteligência
Ou então quando preferes
Omites...evitas a maledicência!...
Palavras são armas
São facas de dois gumes
Com elas almas acalmas
Ou então acendes lumes!

A.C.

Palmas Silenciosas

Palmas!…
Bato palmas!…
À irreverência desmesurada
À arrogância descontrolada
De quem julga que sabe tudo
E não sabe nada!

Palmas!…
Bato palmas!…
A este circo silencioso
Onde a fera é a vítima
Com seu ar majestoso!
Já nem a si se estima
Neste mundo enganoso
De maldade e perdição
Neste carrossel engenhoso
Onde ninguém te estende a mão
Escumalha do submundo
Lobo em pele de cordeiro
Que querem acima de tudo
À tua conta fazer dinheiro!…
E tu criatura ingénua
Que te achas um supra sumo
Andas feliz na boémia
Não vês que é tudo fumo!…

Palmas!…
Bato palmas!…
Mas elas são silenciosas
Não ecoam nem se ouvem
Por serem tão dolorosas!…

A.C.

Parar o Tempo

O tempo passa!
Na sua passagem
Deixa-nos conhecimento
Experiência, alegrias e tristezas!
As rugas vão chegando…
Doenças também!
Mas é com o seu passar
Que nos tornamos alguém!
Alguém na vida d’alguns…
Alguém que é para esquecer…
Ou então para recordar!
Alguém que nos abraça
Que connosco vê o tempo passar!
Alguém que no tempo…
Faz o tempo parar!
Faz o amor chegar!
Sabe como nos amar!
Apesar do tempo passar!

A.C.

Partida

Vagueio perdida
Neste mar de sentimentos
Penso em ti mãe querida
Recordo os teus tormentos!

E tu paizinho do coração
Para quê tanto sofrimento?!
Só bastava dizeres não!
Mas tu não tiveste alento!

Assim partiram os dois…
Pai!...tu primeiro!
Mãe!... tu depois!

Agora sozinha e atormentada
Mergulho no silêncio mudo…
Sem ter com quem dar uma gargalhada!
Só sinto uma dor, maior que tudo!

A.C.

Paz

Paz…
Quando vens?
De dia...de noite…
Tanto faz!
Mas vem…paz!
Não me abandones!
Não me deixes
À minha triste sorte…
A pensar na morte…
Vem paz!
Acalma o meu ser
Inquieto!
Não me deixes morrer
Neste vaguear errante e
Incerto!
Quero viver!...
Preciso de ti…
Paz!
Quando vens?
De dia...de noite…
Tanto faz!

A.C.

Pedido

Pedi ao vento
Que levasse meu penar
E o largasse bem longe
Donde não pudesse voltar

Pedi à chuva
Que lavasse minha alma
Que lhe devolvesse novamente
Todo o sossego e calma

Pedi ao sol
Que secasse minhas lágrimas
Que me trouxesse alegria
E terminasse com minhas mágoas

Pedi ao mar
Que levasse meu sofrimento
Para terras de além-mar
E acabasse este tormento

Pedi a Deus
Com grande fervor
Ajuda para continuar
Com paz e muito amor

Só me resta aguardar!

A.C.

Pena...

Fico com pena,
De não ter pena,
Para escrever…
De não ter voz,
Para cantar…
De não te ter
Junto a mim,
Para te poder amar…

A.C.

Pensar

Já dizia o poeta:
“ o sonho comanda a vida”
Triste descoberta…
Já não consigo sonhar!...
Nem minha vida comandar!...
Quando se perde
Esta capacidade!
A cabeça ferve
Vem a dificuldade!...
De analisar o que se perde…
De sentir felicidade!
Os dias seguem-se…
Cada um pior que o outro!
As lágrimas perdem-se…
Neste pensar louco!
E tu perdes-te no pensar…
Pensas...Pensas…
E não é pouco!...

 A.C.

Perdi-te

As lágrimas já não caem
Meus olhos secaram
De tanto chorar!
As saudades mataram
A alegria no meu olhar!
Dizem… a vida continua!
Sim...continua!
Mas a que preço
E com que amargura?
A casa vazia
A vida sem sentido
Nem sei que faria
Se te tivesse de novo comigo?!
Tanta coisa que ficou por dizer…
Tanta coisa que ficou por fazer…
Coisas que só ganharam sentido
Depois de te perder!
Perdi-te…
Para te encontrar!
Perdi-te…
Para te amar!
Perdi-te…
Para te recordar!
Perdi-te…
Para não mais te ter!
Perdi-te!!!...

A.C.

Perdida

Perdida na vida
Perdida no Mundo
Sem rumo nem saída!
Este sofrer profundo
Esta mágoa contida
Este falar mudo
Desde a tua partida!
Alheio-me de tudo
A alma empedernida!
Este silêncio surdo…
Que me mata a vida!

A.C.

Perdida 2

Andas perdida
Nas encruzilhadas da vida
Todos te dão a mão…
Todos são muito amigos
Mas esse mundo de perdição
Só te apresenta perigos!...
Aprende a viver…
Com alegrias e dissabores
Não vivas a correr
Esquece tuas dores!…
É hora de aprender
A ler nas entrelinhas!...
A ser uma mulher!
A enterrar...
As coisas mesquinhas
A saber amar...
Saber aquilo que quer
Saber escolher
O caminho a seguir…
Uma mulher!
Que escolheu viver
Que sabe!...
Por onde não deve ir
Que sabe!...
Separar o trigo do joio
É difícil mas tem de ser
E mesmo que sem apoio
É o que tens de fazer!...

A.C.