Tenho tentado entender
Os desígnios da vida
Quanto mais me deixo envolver
Mais me sinto perdida
Uns a quererem morrer
Outros a lutar pela vida
O nosso dia a dia
É uma luta constante
É uma correria
Um viver ofegante
De noite e de dia
É tão fatigante
Que esqueces a alegria
De um momento só teu
De sentir o cheiro da maresia
De contemplar o azul do céu
De aceitar uma cortesia
Um abraço apertado
Que conforta e dá calma
Um beijo salgado
Que te penetra e toca a alma
Uma paz que esqueceste
Nesse frenesim diário
Neste mundo agreste
Em que és presidiário
Quando caires na real
Percebes o que perdeste
Tudo agora é surreal
É tarde porque morreste!
A.C.
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