quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Memórias

Memórias…
Retalhos da vida,
Que ficam…
História não esquecida!
Castelos de papelão…
Que emergem
Da minha solidão!...
Ouço o teu respirar,
Quando à noite
Me vou deitar!
Sinto a tua mão,
Minha face acariciar!
Doce fantasia…
Doce ilusão…
O que fica?...
Aquela eterna recordação!...

Mas…
Quando a memória,
Perde a memória!...
Acaba-se a vida!
É o fim da história!

A.C.

Memórias 2

29 de abril,...
Fotos pelo chão,
Cabeça a mil,
Caneta na mão!
Recordação!
Recordo este dia!...
Vem uma tristeza,
Uma nostalgia!
Já não tenho a certeza
Do que melhor seria?!...
Um dos dias mais felizes
Da minha vida…
Transformado
Com tua partida
em tristeza
E melancolia!
Hoje vivo de memórias…
Conto histórias…
Das nossas conquistas
E vitórias!
Para não esquecer!...
Para preservar!...
Começo a escrever,
Escrevo sem parar
Até a mão me doer
E minha alma acalmar
Ou deixar de padecer!
Escrevo por escrever!

A.C.

Menina Adolescente

Menina adolescente
Menina inocente
Descobriste o amor
E logo tanta dor…
Amaste incondicionalmente
Amor ardente
Foste rejeitada
Menina mal amada
Sofreste a solidão
Ninguém te deu a mão
Caíste no fundo
Sem conhecer o Mundo
Levantáste-te altiva
És esperança viva!
Coração magoado
Juízo infernizado
Cresceste para a vida
Deixaste de estar perdida
Levantaste a cabeça
E a luta recomeça...
Menina adolescente
Menina resistente!

A.C.

Menina-Mulher

Ontem fui menina
Hoje sou mulher!

Mulher vivida…
Mulher sofrida!

Mulher!...

Mulher magoada…
Mulher desesperada!

Mulher!...

Mulher trabalhadora…
Mulher lutadora!

Mulher!...

Mulher amada…
Mulher acompanhada!

Hoje...Mulher só!

A.C.

Minha Amiga

És a rainha da festa!
Saltas, cantas
Gritas e danças!...
Todos te vêm admirar!
És a maior!
Sentes-te a maior!
Mas não!...
Quem queres tu enganar?!
A ti?...aos outros?...
É disto que gostas?...
Que aqueles que te bajulam,
Se riam nas tuas costas?...
Não!
Só queres combater a solidão
Que se abate sobre ti
Quando te deitas no colchão
E não tens ninguém ali!
É isto que queres?...
Não!
Queres alguém que de mansinho
Te beije e te estenda a mão…
Te abrace com carinho
E acabe com essa solidão!
Não é esse o caminho
Vives numa ilusão!...
Teu corpo fala baixinho…
Escuta teu coração!

A.C.

Minha Irmã

Quando penso,
Em quem já partiu…
Fico triste!
Dou-me conta...
Do mesmo sangue que
Em minhas veias corre
(Para além dos meus filhos e do teu)
só te tenho a ti…
Só nos temos uma à outra,
Querida irmã!
Tristeza tão grande,
Quando vês todos partir,
Ao teu redor,
E tu!?...
Cada vez mais isolada
E só!!...
Não me abandones!
Estás tão só quanto eu!
Se só te tenho a ti!?
Tu só me tens a mim!?
Somos uma família pequena!
Que importa!?
Se o lema for…
Amor, carinho, compreensão,...
Muito amor no coração!

A.C.

Morre-se

Morre-se de amor
Mas também de desamor
Morre-se sem ter nada
Mas também tudo tendo
A morte pode ser rápida
Ou então muito lenta!
Todos os dias se morre um pouco
E um pouco se morre por dia!
Morre-se por fora
Mas também se morre por dentro
Morre-se para a vida...
Morre-se para a luta…
Morre-se para a Morte!

A.C.

Mulher

Onde estás?
Mulher sofredora
Mulher lutadora
Que mesmo sofrida
Nunca se deu por vencida!…
Para onde foste?
Partiste e não regressaste
Esqueceste o caminho
Ou simplesmente esgotaste!...
Volta!
Procura por mim!
Preciso de ti!
Nesta minha luta sem fim
Não me deixes parada aqui!…
Volta para mim!
Não sou nada sem ti!

A.C.

Mulher 2

Olhos azuis…
Lindos, expressivos…
Duma candura divinal!
Neles se espelha,
A pureza da tua alma,
A tua força interior,
A Mulher que és,...
E sempre serás!
Foste ousada,
Inteligente
E muito amada!
Enfrentaste tudo e todos,
Em busca da felicidade!
Ganhaste!!!
Mulher guerreira!
Mulher forte!
Mulher coragem!...
Simplesmente Mulher!

A.C.

Musa Inspiradora

És minha musa inspiradora
Creio que é esse o teu querer
Pela vida fora
Nunca irás esquecer
As palavras que te disse
E nunca quiseste crer!...
Vais acordar um dia
Sentir dor e solidão
A vida vazia
E mágoa no coração!
Nos contos de fadas
Tudo sempre acaba bem
As princesas encantadas
Encontram sempre alguém
Mas nestes caminhos reais
Tão cheios de encruzilhadas
Se fazes escolhas fatais
Vidas ficam despedaçadas
Sem dó nem piedade!…
Olhas para trás e que vês?…
Triste mocidade!…
Tanto sonho…
Tão pouca realidade!...

A.C.



No Dia da Minha Morte

No dia da minha morte,
Não chorem!
Não tenham pena!
Não me ofereçam flores,
Que já não possa cheirar!
Não vertam lágrimas,
Que já não possa limpar!

No dia da minha morte,
Lembrem-se de mim
Com vida,
A sorrir, a brincar,...
Pensem como é bom
Recordar!

No dia da minha morte,
Não se despeçam com um adeus,
Mandem-me um beijo…
E digam...até breve!
Vai amiga p’ra junto dos teus!

A.C.


Noite Triste

Da janela do meu quarto
Vejo a lua redonda e brilhante
E o céu todo estrelado
Escureceu num instante
Não... não foi o céu!…
Fui eu!…
Os olhos rasos de água
Deixaram tudo nublado
Cerraram-se por instantes
Estava tudo acabado!…
Uma lágrima indiscreta
Rolou pela minha face
Apanhei-a de mão aberta
Limpei-a no regaço.
Abro os olhos!…
Ao longe na estrada
Silhuetas que se deslocam
Numa cadência apressada
Numa azáfama inexplicável
De relance olhares trocam
E seguem a caminhada!…
Caio em mim!…
Novamente as lágrimas brotam
A vida é mesmo assim
É noite de consoada!…

A.C.

Noite

No silêncio da noite
Vens de mansinho,
Deitar-te junto a mim…
A cama estremece
Sinto uma alegria sem fim!
Minha alma fica cheia
De luz, alegria e paz
Quando a noite de mansinho
Pra junto de mim te traz.
Acordo!!!
Ó realidade triste!
Tu não estás lá…
Só a recordação persiste.

A.C.

Nostalgia

São nove da manhã!
Sentada na esplanada
Do bar da praia,
Bebo um café
Perco-me na imensidão
Do azul do mar…
Com a chávena na mão
Recordo os belos momentos
Aqui passados…
Levanto a cabeça,
Olho para o céu,
O azul enche meu coração…
E vem-me à memória,
Tanta recordação…
Umas boas, Outras más!...
Tanto faz!!!
Vivências vividas,
Alegrias e tristezas repartidas,
Lembranças que se desvanecem
No meu ser!!...
Como as ondas do mar,
Na areia se deixam perder.

A.C.

Novo Ano

Aqui estou eu!...
Com os meus fantasmas
Aguardando a chegada
Deste Novo Ano que tarda!...
Já se esgotaram as lágrimas
Só... aguardando a chegada!…
De ilusões esgotadas
Sem soluções para nada
Aqui estou eu!…
Aguardando a chegada!
De quê?
De tudo e de nada!
Só... aguardando a chegada!
Com esperança redobrada
E alma desolada
Aqui estou eu!…
Só... aguardando a chegada!…
Dum anjo ou uma fada
Que me devolva o sorriso
Me dê aquilo que preciso
E que tanto me tarda!
Aquela alegria que não vem
Vontade de chegar mais além
E continuo parada
No início desta estrada
Aqui estou eu!…
Só… infeliz e esgotada!
Unicamente aguardando a chegada
Que tanto tarda!

A.C.

O Amor É!

O amor é cego!
Não ouve, não vê…
Só sente!
O amor levanta o ego!
O amor em tudo crê!
Faz parte da gente
Daquilo que não se vê!
O amor dá-te paz…
Alegria e dor!
Tanto faz!...
Tudo isto é amor!
O amor aquece a alma
Apazigua o espírito!
O amor tudo acalma
Faz-te engolir o grito!
O amor enaltece-te
Faz-te um ser melhor!
A falta dele embrutece-te
Transforma-te no teu pior!
O amor faz-te esquecer de ti
Faz-te viver para o outro!
Agora sei o que perdi
Foi muito...não foi pouco!...

A.C.

O Nosso Amor

O nosso amor a tudo prevaleceu
Menos à morte cruel
Que de noite apareceu…
E como um cinzel
A dor esculpiu no meu rosto,
A saudade no meu coração.
Arrancou do meu ser
A alegria de viver!
Nostalgia!...
Já não sei o que fazer?!...
Pego na caneta e no papel,
Escrevo até a mão me doer,
E das dores do coração
Me fazer esquecer!
Mas as malvadas!...
Regressam rapidamente,
Rasgam os sonhos, dão risadas,
No interior da minha mente.
Penso em ti...e vem a calma,
Recordações preciosas…
Uma saudade infinita…
Vivências dolorosas!

A.C.

O Teu Olhar

Queria eternizar
Num breve momento
A beleza daquele olhar
Maroto!…
Cheio de atrevimento
Aquele olhar garoto
Que me despia a alma
Que alegrava meu coração
Trazia uma suave calma
Travava minha abnegação
O teu olhar no meu
Tua mão na minha mão
Esse olhar que me convenceu
Esse olhar brincalhão
Que me levava ao céu
Como um sopro...uma visão
Que me tirava o véu
E despia com paixão
Esse olhar só meu
Que me guiava em contra-mão
Esse olhar travesso
Era a minha perdição
Esse olhar que não esqueço
Nesta minha solidão
Sonho e por fim adormeço
Nesta doce recordação!

A.C.

Oito ou Oitenta

Passaste de oito a oitenta
Viver só te atormenta
Já nada te acalenta
Tudo se fragmenta
Pedaços tão pequeninos
Que não consegues juntar
Apanhas só os espinhos
As alegrias nem pensar
Anseias um dia melhor
Que demora em chegar
Quando essa tristeza se for
Talvez consigas amar
Eliminar essa dor
E teu coração descansar!

A.C.

Onde Estão Meus Sentimentos

Já não sei onde andam
Certos sentimentos
Levaste-os contigo
Só deixaste o sofrimento
Este viver sem viver
Este sentir-te ausente
Este tentar sobreviver
Esta dor contundente
Os dias passam
Vivem-se momentos
Que em ti colapsam
Vês-te em fragmentos
Já não és o que eras
Perdeste tua essência
Foste deixada às feras
Perdeste a resiliência!

A.C.

Onde Estás Meu Amor!

Faz sol lá fora!...
Na minha alma chove!
Chuva miudinha…
Nuvem cinzenta!
Desgraça minha…
Que me atormenta!
Quero chorar…
As lágrimas não saem!
Minha dor desabafar…
As malditas não caem!
Na sua teimosia,
Alimentam minha dor…
Minha alma fica fria!
Que foi feito do amor?!
Perdi-o...quando te perdi!
Procuro-o e não o encontro!
Só sei o quanto sofri…
Amor e ódio em confronto!
Sossega!
Alma minha!
A vida avança!
Caminha,...caminha!

A.C.

Onde Estás

Onde estás?
Vem para junto de mim
Afaga minha dor
Dá-me o teu amor!
Abraça-me sem fim
Preciso de ti!...
Agarra-te a mim…
Fica somente assim!
Dá-me os teus desvelos
Desenrola os novelos…
Que a vida enrolou!
São os meus apelos
Para tudo que ficou!
Estou perdida
Nas minhas divagações
Tenho a alma ferida
Perdi minhas aptidões…
A razão denegrida
De tantas provações…
Não sei que fazer?...
Preciso de ti!...
Vem pra junto de mim!

A.C.

Ontem Fui...

Ontem fui rainha
Em teus braços
Hoje sou plebe
Em cemitério ateu…
Ontem alma que caminha
Risonha e alegre
Vida escrita sem embaraços
Hoje alma que não recebe
Carinhos nem abraços
Escura que nem breu
A cair aos pedaços
Coração plebeu
Cheio de estilhaços
Esquece que sofreu
Aconchega-me em teus braços
Faz teu sorriso só meu!

A.C.

Paixão

Quero perder-me nos teus braços,
Sentir a maciez da tua pele,
A nudez do teu corpo!...
Beijar tua boca a saber a mel!
Quero eternizar este momento,
Apreciar cada minuto passado contigo!
Quero parar o tempo!...
Mas não consigo!!!
As tuas carícias…
Tão suaves,...tão ternas,
Provocam sensações estranhas!...
Tremem as pernas…
Sinto arrepios na pele…
Um novelo nas entranhas…
Um calor no coração…
A minha mão na tua mão…
Sou tua simplesmente…
E do tempo perco a noção!
Amo com paixão!

A.C.

Palavras

As palavras
Quando proferidas
Umas são banais
Não deixam feridas…
Outras de tão aguçadas
Ferem que nem punhais!
As palavras
Têm a força
Que tu lhes transmites
Falam por ti
Expressam teus sentimentos
Emitem o que tu emites
Mentem se tu mentes
Gritam mesmo que não grites
Riem de contentes…
A força das palavras
Não tem limites
Acariciam-te a alma
Unem corações
Dizem tanto sem falar
Expressam tantas emoções
Podem gritar
Sem emitir som…
Podem falar
Sem nada dizer…
Podem amar
Sem nada fazer…

A.C.

Palavras 2

As palavras escorrem livremente,
Da caneta para o papel.
Acelera a minha mente…
Mais parece um carrossel!
Gira...que gira…
E volta a girar!!!
Até alguém a corrente desligar.
Mas o meu pensar,
Não se desliga da corrente?!
Penso...penso, até me cansar
E adormecer suavemente.
O corpo descansa…
Mas não a mente!
E assim continuo no meu penar…
Nada mais faço senão pensar!

A.C.

Palavras 3

As palavras são armas!...
Quando bem ditas são colossais
Quando arremessadas
São infernais…
Ferem que nem punhais!
Há palavras que insinuam
Outras há sem preceito
Que te despem e deixam nua
De mágoa e preconceito
Outras então…
Ferem demais
Se por acaso dizes não
A coisas às vezes banais!
Palavras vão…
Palavras vêm…
A uns dás a mão
A outros o desdém!...
Com as palavras dás amor
Demonstras raiva ou paixão
Manifestas um dissabor
Ou outra qualquer emoção!...
Expressas aquilo que queres
Com sabedoria e inteligência
Ou então quando preferes
Omites...evitas a maledicência!...
Palavras são armas
São facas de dois gumes
Com elas almas acalmas
Ou então acendes lumes!

A.C.

Palmas Silenciosas

Palmas!…
Bato palmas!…
À irreverência desmesurada
À arrogância descontrolada
De quem julga que sabe tudo
E não sabe nada!

Palmas!…
Bato palmas!…
A este circo silencioso
Onde a fera é a vítima
Com seu ar majestoso!
Já nem a si se estima
Neste mundo enganoso
De maldade e perdição
Neste carrossel engenhoso
Onde ninguém te estende a mão
Escumalha do submundo
Lobo em pele de cordeiro
Que querem acima de tudo
À tua conta fazer dinheiro!…
E tu criatura ingénua
Que te achas um supra sumo
Andas feliz na boémia
Não vês que é tudo fumo!…

Palmas!…
Bato palmas!…
Mas elas são silenciosas
Não ecoam nem se ouvem
Por serem tão dolorosas!…

A.C.

Parar o Tempo

O tempo passa!
Na sua passagem
Deixa-nos conhecimento
Experiência, alegrias e tristezas!
As rugas vão chegando…
Doenças também!
Mas é com o seu passar
Que nos tornamos alguém!
Alguém na vida d’alguns…
Alguém que é para esquecer…
Ou então para recordar!
Alguém que nos abraça
Que connosco vê o tempo passar!
Alguém que no tempo…
Faz o tempo parar!
Faz o amor chegar!
Sabe como nos amar!
Apesar do tempo passar!

A.C.

Partida

Vagueio perdida
Neste mar de sentimentos
Penso em ti mãe querida
Recordo os teus tormentos!

E tu paizinho do coração
Para quê tanto sofrimento?!
Só bastava dizeres não!
Mas tu não tiveste alento!

Assim partiram os dois…
Pai!...tu primeiro!
Mãe!... tu depois!

Agora sozinha e atormentada
Mergulho no silêncio mudo…
Sem ter com quem dar uma gargalhada!
Só sinto uma dor, maior que tudo!

A.C.

Paz

Paz…
Quando vens?
De dia...de noite…
Tanto faz!
Mas vem…paz!
Não me abandones!
Não me deixes
À minha triste sorte…
A pensar na morte…
Vem paz!
Acalma o meu ser
Inquieto!
Não me deixes morrer
Neste vaguear errante e
Incerto!
Quero viver!...
Preciso de ti…
Paz!
Quando vens?
De dia...de noite…
Tanto faz!

A.C.

Pedido

Pedi ao vento
Que levasse meu penar
E o largasse bem longe
Donde não pudesse voltar

Pedi à chuva
Que lavasse minha alma
Que lhe devolvesse novamente
Todo o sossego e calma

Pedi ao sol
Que secasse minhas lágrimas
Que me trouxesse alegria
E terminasse com minhas mágoas

Pedi ao mar
Que levasse meu sofrimento
Para terras de além-mar
E acabasse este tormento

Pedi a Deus
Com grande fervor
Ajuda para continuar
Com paz e muito amor

Só me resta aguardar!

A.C.

Pena...

Fico com pena,
De não ter pena,
Para escrever…
De não ter voz,
Para cantar…
De não te ter
Junto a mim,
Para te poder amar…

A.C.

Pensar

Já dizia o poeta:
“ o sonho comanda a vida”
Triste descoberta…
Já não consigo sonhar!...
Nem minha vida comandar!...
Quando se perde
Esta capacidade!
A cabeça ferve
Vem a dificuldade!...
De analisar o que se perde…
De sentir felicidade!
Os dias seguem-se…
Cada um pior que o outro!
As lágrimas perdem-se…
Neste pensar louco!
E tu perdes-te no pensar…
Pensas...Pensas…
E não é pouco!...

 A.C.

Perdi-te

As lágrimas já não caem
Meus olhos secaram
De tanto chorar!
As saudades mataram
A alegria no meu olhar!
Dizem… a vida continua!
Sim...continua!
Mas a que preço
E com que amargura?
A casa vazia
A vida sem sentido
Nem sei que faria
Se te tivesse de novo comigo?!
Tanta coisa que ficou por dizer…
Tanta coisa que ficou por fazer…
Coisas que só ganharam sentido
Depois de te perder!
Perdi-te…
Para te encontrar!
Perdi-te…
Para te amar!
Perdi-te…
Para te recordar!
Perdi-te…
Para não mais te ter!
Perdi-te!!!...

A.C.

Perdida

Perdida na vida
Perdida no Mundo
Sem rumo nem saída!
Este sofrer profundo
Esta mágoa contida
Este falar mudo
Desde a tua partida!
Alheio-me de tudo
A alma empedernida!
Este silêncio surdo…
Que me mata a vida!

A.C.

Perdida 2

Andas perdida
Nas encruzilhadas da vida
Todos te dão a mão…
Todos são muito amigos
Mas esse mundo de perdição
Só te apresenta perigos!...
Aprende a viver…
Com alegrias e dissabores
Não vivas a correr
Esquece tuas dores!…
É hora de aprender
A ler nas entrelinhas!...
A ser uma mulher!
A enterrar...
As coisas mesquinhas
A saber amar...
Saber aquilo que quer
Saber escolher
O caminho a seguir…
Uma mulher!
Que escolheu viver
Que sabe!...
Por onde não deve ir
Que sabe!...
Separar o trigo do joio
É difícil mas tem de ser
E mesmo que sem apoio
É o que tens de fazer!...

A.C.



Perguntei ao Tempo

Perguntei ao tempo
Quanto tempo iria ter
Para fazer
A vida acontecer
Para tudo esquecer
O tempo me respondeu
Que tudo
Leva o seu tempo
Há um tempo para nascer
E um tempo para morrer
Só temos de aprender
O que fazer com o tempo
E com tempo e saber
Ao tempo
Podemos ganhar tempo
Para podermos viver
Enquanto tivermos tempo
Para o fazer!

A.C.

Poema de Amor

Fizeste da tua dor
O mais lindo poema de amor!
Escreveste com lágrimas
Num papel já sem cor!
Enterraste tuas mágoas!
Fizeste tudo para esquecer...
Procuraste cada rima
Bem no fundo do teu ser!
Escreveste sem parar...
Até a mão te doer
E tua dor acalmar!
Recomeçaste a viver!
Encontraste outra rotina!
Deixaste de chorar!
Providência divina?...
Ou vontade de continuar!?...

A.C.

Poema Inacabado

Tentei escrever
O mais belo poema de amor
As palavras não encontrei
Tão grande era a minha dor
E o que era para ser
O mais belo poema de amor
Não veio a acontecer
Ficou um poema sem cor!...

A.C.

Poesia

Poesia é!...
A alma a sussurrar!...
O coração a falar!...
Escreves!...
O que te vai na alma
Dizes tudo sem nada dizer
A escrita te acalma
Mostras o que queres esconder
As palavras dão-te a calma
Que tanto procuras sem encontrar
Escrever...choro da alma
Vontade de ir e não ficar
Procuras traduzir
Os sentimentos ocultos
Mostras-te ao mundo a sorrir
Escondes os medos profundos
Juntas pedaços de ti
Constróis o teu castelo
O silêncio te sorri
Desenrolas o novelo
As palavras jorram
Da caneta para o papel
As saudades que em ti moram
Traçam rugas como um cinzel
Nessa cara outrora alegre
Nesse viver tão breve!...

A.C.

Ponto Final

A cabeça está oca…
Os olhos parados no tempo…
As palavras não saem...
Bloquearam de sofrimento!
Quero fazer tudo…
E nada faço!
O coração está surdo!
Perco-me no espaço
Olho o infinito…
Procuro!...
Talvez um abraço
Um sorriso bonito
Um ponto final
A este meu grito!

A.C.

Porque me Deixaste Meu Amor

Porque me deixaste meu amor?
Foste na calada da noite
E nunca mais te vi
A não ser quando me visitas em sonhos.
É assim que mato minhas saudades
E sinto que foi a maneira que arranjaste
Para estares mais perto de mim.
Olho para o lado e não te vejo!
Sinto a tua presença e não estás cá!
Falo contigo mas não tenho resposta!
A vida já não faz sentido,
Está vazia de tudo e cheia de nada!
Tenho tantas saudades…
Dum beijo, dum afago,
Dum sorriso, duma palavra…
Porque me deixaste meu AMOR?

A.C.

Praia Deserta

A praia quase deserta
As ondas no seu vaivém incessante
Uma gaivota alerta
Uma calma revigorante
Olhas para lá do horizonte
Lá longe os barcos à pesca
A areia molhada
Teus pés acariciam
O calor aquece-te a alma
O mar traz-te a calma
Viajas para outra dimensão
Um anjo dá-te a mão
Vês-te a voar bem alto
Sobre o mar sem sobressalto
Sentes-te leve
Mas sensação tão breve
Voltas à realidade
Prevalece a eterna saudade!


A.C.

Predestinação

Os desígnios da vida…
Vão-se lá entender?...
Tenho dias que ando perdida,
Sem saber o que fazer?...
Outros há…
Que acordo decidida,
Mil ideias que afloram
Nesta cabeça esquecida!
Hoje...16 de abril!
Coincidência?...
Não!
Predestinação!
Faz hoje 3 meses que partiste
Que nos deixaste fisicamente,
Mas...tu sabes meu AMOR
Estarás sempre na minha mente!
Ganhei coragem!
Fui visitar-te!
Levei-te flores,
Que depositei na campa fria…
Uma triste saudade
Roubou minha alegria!
Pela minha face triste,
Uma lágrima escorreu!
A dor invadiu meu coração!
Ilusão?
Não!
Predestinação!

A.C.

Previsão

Já tive tanto sonho…
Tanta esperança na vida
Mas este mundo medonho
Pregou-me uma partida!...
Sonhei uma vida
De amor e gratidão…
Um poder dar a mão…
E filhos...pois então!...
A mão está vazia
A alma está fria
O sorriso desapareceu
A alegria morreu
E nada aconteceu…
Como eu previra!...

A.C.


Prisioneira

Prisioneira...
Dos meus pensamentos!
Prisioneira…
Dos meus sofrimentos!
Prisioneira…
Na minha liberdade!
Prisioneira…
Da minha felicidade!
Sinto-me presa…
Sem correntes que me prendam
Sem grades que me enclausurem
Abertos meus olhos se vendam
Dores invisíveis no coração perduram
De mim sou...prisioneira!...

A.C.

Procuro!...

Procuro!…
No meio desta névoa cinzenta
Que em mim está impregnada
Neste silêncio que se desvenda
Nesta vivência magoada!…

Procuro!…
Nem sei bem o quê?!…
O amor que se perdeu
Algo que não se vê
Mas na minha alma morreu!…

Procuro!…
Aconchego, paz e carinho
Nesta quadra tão dolorosa
Sonho!...falo baixinho!
Meus versos viraram prosa!…

Procuro!…
Nos pequenos gestos vividos
Uma paz interior a brilhar
Nos caminhos percorridos
O amor quero encontrar!…

A.C.

Procuro

Procuro… procuro,
Uma fórmula
P’ra viver só!

Como é difícil e complexa!
Não segue as leis da Química,
Nem outra qualquer equação!
Fere como um míssil, meu coração!
É a bomba de Hiroxima,
Na minha mão!

Procuro...procuro,
Uma fórmula
P’ra viver só!

Quanto mais procuro,
Mais me amedronto!
Vasculho...Vasculho,
No fundo do meu ser…
E não encontro!

Procuro...Procuro,
Uma formula
P’ra viver só!
Não há!!!...

A.C.

Profecia

Disseste-me um dia
Nunca mais te verei
Não viste como sofria
Mas não acreditei
Nessa triste profecia
Que na alma ocultei!

O tempo passou
Eu feliz vivia
O malvado se encarregou
De me recordar a profecia
E tudo desmoronou
Nesse malfadado dia!

O tempo vai passando
Rápido como um relâmpago
A vida vai continuando
No seu ritmo e sem âmago
A saudade vai aumentando
Sinto-me só e com desânimo!

Hoje na minha serenidade
Coração triste...mente vazia
Posso dizer com verdade
Estou lembrando a profecia
Nunca mais te verei
Que disseste naquele dia
E eu não acreditei!

A.C.




Progressão

Perdi-te…
Para te encontrar!...
Mas já não sei amar!
A loucura da juventude
Deixou uma calma quietude!
As decisões do coração
Deram lugar à razão!
A esperança na vida
À muito está perdida!
Fica aquilo que se viveu…
Mas também o que se perdeu…
A vida ensinou!...
Foi tudo que ficou!...
Aquilo que se viveu!
Aquilo que se perdeu!
Nada mais restou!...

A.C.

Quando...

Quando...
Começas a pensar
O que andas aqui a fazer
Não adianta cá ficar
O melhor mesmo é morrer!...
Quando...
Já não tens incentivos
E não te sentes querida
Perdeste os motivos
Para continuar nesta vida
Quando...
Te acham burra e louca
E criticam o teu pensar
A esperança já tão pouca
Começa a acabar!...
Quando...
Olhas o passado
Com tristeza e arrependimento
Não suportas este fardo
Não aguentas o sofrimento!...
Quando o quando
Deixa de ser quando
Vês a vida se desintegrando
E o fim ficas aguardando!…

A.C.


Quem Sou

Já não me conheço!...
Tudo mudou em mim!
Nem sei o que pareço…
A tentar viver assim!
Tento remendar
Os retalhos desta vida!
O alento a não chegar
Sinto-me perdida!
Perdida no Mundo…
Perdida na vida…
Uma dor lá no fundo
Um coração sem guarida!
Lágrima amordaçada!
Saudade reprimida!
Solitária na minha solidão!
Voz que não é ouvida!
Prisioneira sem prisão
Neste turbilhão esquecida!

Tu eras o meu porto seguro
Eras aquela mão amiga
Agora não vejo futuro
Dói sem haver ferida
Sinto-me a ser abraçada
Mas é tudo ilusão
Estou a sonhar acordada
És apenas recordação!

A.C.

Querer

Quero!...
Deixar de ser
Aquilo em que me tornei
Esta pessoa não sou eu
Triste e desiludida
Derrotada pela vida
Quero!...
Reconquistar
O meu EU interior
Aquele viver com fervor
O EU que sabe escutar
Que sabe brincar
Que sabe rir
O EU que sabe amar
E tanto amor tem para dar
Quero!...
Poder voltar
As pequenas coisas apreciar
Um pássaro a cantar
Uma flor a desabrochar
O rio a correr para o mar
A calma no contemplar
Quero!...
Um olhar no meu olhar
Um sorriso nos meus lábios
Um sonho para realizar
Quero seguir...não ficar!

A.C.

Querer 2

Quero viver
E não me deixam!
Quero seguir em frente
E tudo me puxa para trás!
Quero uma calma
Que não tenho!
Quero um sossego
Que me foge com medo!
Dizem… querer é poder!
Não chega!
Eu quero!...
E nada posso fazer!

A.C.

Queria Adormecer

Queria adormecer
E ao acordar
A meu lado te ter
Para te poder abraçar
Queria contemplar-te
Não somente em sonhos
Novamente amar-te
E sorrir nos teus olhos
Queria depositar
No teu corpo uma carícia
A alma a pairar
Amor sem malícia
Queria nos teus braços
Deixar-me desfalecer
Perder-me sem embaraços
Até o dia nascer

Queria tudo!...
Queria ter-te neste Mundo!

 A.C.

Queria Adormecer 2

Queria adormecer
É só acordar para o ano
Só queria esquecer
Este sentir diluviano
Queria acordar
De coração limpo
Uma vida a amar
E este ano findo
Da mente poder apagar
Anseio tanto a paz
E ela tanto a tardar
Já nem sei se sou capaz
De rir e de brincar
O desamor é tanto
A incerteza tão grande
Já nem ouço o meu pranto
Só quero que a dor abrande
Sinto a vida a fugir-me
Sem nada conseguir fazer
Nesta busca perdi-me
Sem me querer perder
Nunca mais me encontrei
E sem querer saber
De tudo me desliguei
Quero ganhar esta luta
Mas faltam-me as armas
Minha alma impoluta
Está presa a tantas normas!
Tantos clichés...
Tantos axiomas...
Tantos porquês...
Certezas...nenhumas!

A.C.

Quero Ficar Contigo

Vem…
Vem de mansinho
E sussurra-me ao ouvido
Quero ficar contigo!

Ficamos juntos, abraçados
Mãos dadas
Vidas entrelaçadas
Beijos...muitos, muitos…
Frases inacabadas!
Vidas perdidas!
Palavras esquecidas!
Quero ficar contigo!

A.C.

Quero-te Aqui!

A vida é sombra que foge!
É nuvem que voa!
Retalhos emaranhados…
Que dançam na minha mente!
Pensamentos magoados
De não te ter novamente!
Busco outra vida…
Dentro desta que findou!
Uma razão para continuar
Com tudo o que se modificou!
A tua partida…
Deixou-me sem chão!...
Resta a dor sentida,
A eterna recordação!
Recordação do amor
Que tínhamos um pelo outro!
Agora só sinto dor…
E as lembranças são pouco!
Quero-te aqui!
Novamente ao pé de mim!
A sorrir, a brincar…
E até a refilar!...
Quero-te aqui!
Novamente ao pé de mim!

A.C.

Quero...

Peço a Deus…
Todos os dias
Que me dê alento
Para continuar!
Olhos meus!...
Lágrimas frias!...
Que tormento…
Quero parar!...
Parar de sofrer
Parar de chorar
Quero viver!
Quero amar!

A.C.

Quero

Minha alma levita
Por cima do meu ser.
Não gosto do que vejo!
Quero aquela alegria de criança
Quero voltar a ter esperança
Quero renascer!
Quero viver!

A.C.

Recordo

Recordo!...
Os dias passados a teu lado!
Os dois nesta praia só nossa!
Um dormir aconchegado!
Verso ou prosa!?...
Um sossego abençoado!
Esta cama agora fria!...
Triste fado!
A casa está vazia!...
Faltas tu, no sofá deitado
Dormindo a sesta
Depois dum almoço requintado!
A televisão a trabalhar!...
Ninguém a escutar!...
Tu a dormir...eu a loiça a lavar!
Éramos felizes assim!
Sem nada a incomodar!
Tu vivias para mim!...
Eu vivia para te amar!...

A.C.

Reinventei-me

Reinventei-me!…
No meio da minha dor
Perdi-me nos escombros
Esqueci o amor
Neste meu desespero
Caminhei aos tombos
Fiquei cheia de estilhaços
Perdi o meu fulgor
Fechei meus braços
Carreguei em meus ombros
O peso do mundo sem me opor
Desanimada prossegui
Qual réptil frio e só
Em busca do que perdi
Rastejando pelo pó
Amarguras eu vivi
Até de mim tive dó!

Reinventei-me!…
Na solidão adquirida
No desespero atroz
Nas feridas da vida
Sem nunca levantar a voz
Aceitando de cabeça erguida
Esta tristeza feroz!

Reinventei-me!…
Hoje ganhei confiança
Estou em recuperação
Em mim vive esperança
De que acabe esta solidão
Anseio ventos de mudança
Que termine esta maldição!

A.C.


 

Reprogramar a Vida

Não consigo apagar
De minha memória
O teu olhar
É a nossa história
Lado a lado a caminhar
Na alegria e na tristeza
Estiveste sempre comigo
Juntos e com destreza
Enfrentámos o perigo
Choraste…
Quando eu chorei!
Sorriste…
Quando eu sorri!
Companheiro duma vida
Eu não estava preparada
Para aceitar a tua partida
Fiquei destroçada…
Senti-me perdida…
Triste e mal amada
Abriu-se uma ferida
Que teima em não fechar
Em mim está esquecida
A vontade de amar
Só vejo uma saída
Que é reprogramar
Toda uma vida!

A.C.

Retrospectiva

Olhas para trás
E que vês?…
Um grito que abafaste
Fruto da tua altivez
Dum amor abdicaste
Por uma estupidez
Caminhaste em frente
Buscaste a felicidade
Mas aquele amor ardente
Não passou duma amizade
Corroeu-te lentamente
Levou-te a mocidade
Fruto desta mesquinhez
Só ganhaste ansiedade
Serias feliz talvez
Se tivesses tido humildade
E deixasses essa altivez
Foi esse o teu pecado!…

Os sentires esqueceste
Enterraste-os bem no fundo
Sofreste e sofreste
Foi-se a vida num segundo
Por dentro tu morreste
Tiveste a teus pés o mundo
Tudo perdeste!…
Bateste no fundo
Nem sabes se viveste!...

A.C.

Rotina

A mesma roda…
Sempre a girar!
A rodar...a rodar…
Sem parar!
Não dás por nada!
Não sentes nada!
Não sabes nada!
Só sabes que…
Não podes parar!
Tens de ficar!
Mas até quando?
Quando a vida acabar?
Acorda!!!
Tens de saltar!
Arriscar...arriscar…
Arriscar!
Dás-te conta…
Viste os anos passar…
Viveste?
Não!...
Ficaste na plateia,
A ver a vida passar…
Até o filme acabar!!!...

A.C.

Ruas e Ruelas

Andei!…
Por ruas e ruelas
Estreitas vielas!
Cruzei-me!...
Com a decadência humana
Com tanta alma insana!
Perguntei-me?...
Porque existe este viver imundo
De mim tão pertinho
Senti-me um ser vagabundo…
As ruas!
Onde caminho
Cheiram a gordura e vinho
As pessoas!
Com que me cruzo
Parecem vindas do submundo
Almas perdidas deduzo
Almas que bateram no fundo.
Almas sem alma!
Almas sem chama!
Gente sem tecto!
Gente sem cama!
Gente que já não ama!...

A.C.

Saudade

Saudade...
Palavra sem tradução
O mote foi dado
Com aspecto de lição
Saudade...
Difícil sua definição
Não se toca,não se vê
Sente-se no coração
É um aperto da alma
Um sentir imensurável
Dor que dói sem doer
Vazio impenetrável
Que não consegues romper
Saudade...
É um sentimento
Que te queima e dá alento
Que guardas com carinho
E recordas com sofrimento
Que provoca desalinho
Em todo e qualquer momento
Saudade...
Vens sempre de mansinho
Cruzar-te no meu caminho
O coração fica apertado
A mente em desalinho
Choro bem devagarinho!

A.C.

Se!...

Cantava!…
Se soubesse cantar!
Amava!…
Se tivesse quem amar!
Morria!...
Se tivesse por quem morrer!
Perdia-me!...
Se tivesse com quem me perder!
Cantar!…
Nunca cantei!
Amar!…
Já muito amei!
Morrer!…
Já morreram por mim!
Perder-me!…
Foi no dia que te perdi!

A.C.

Sensações

Sonho contigo!
Acordo!
Acendo um cigarro…
E fico calmamente
Saboreando…
O sonho traz-me
Sensações já esquecidas
Guardadas em mim!
Não perdidas!
Sinto-te a segurares
Minha mão…
A acariciar meu corpo nu!
Sinto a tua pele macia…
Junto à minha!
Até arrepia!
Teus lábios de mel…
Meu corpo beijam…
Sem parar!
Não quero acordar!
Quero ficar assim…
Até o dia raiar!

A.C.

Ser Criança

Ser criança!
Fui um dia…
Tinha esperança
Tinha alegria!…
No coração
Tanto amor para dar!…
Na mão
Tanto sonho por desbravar!…
O tempo corria
Só queria brincar!…
Nada se perdia
Tudo sabia perdoar!…
As horas
Passavam rápido!
Os pais
Um modelo a seguir!
Tudo queria viver…
Tudo queria sentir…
Da vida nada perder…
Ser criança!
Que bom…
Eu queria!…
Sentir novamente a magia…
De ser criança!

A.C.

Ser Mulher!...

Ser mulher!...
É mais que:
Ser filha,
Ser mãe,
Ser avó!
É carregar no ventre
Toda a razão de viver,
Aquela pequena semente,
Que um dia irá nascer!

Ser mulher!...
É dor,
É sofrimento,
É paixão!
Por não poder acariciar,
Não poder a mão estender,
Não poder consolar,
Todos os que estão a sofrer!

Ser mulher!...
É mais que:
Ser esposa,
Companheira,
Amiga!
É ser amante!
Partilhar a vida,
Sofrer...quando sofres,
Chorar… quando choras,
Rir das tuas gargalhadas,
Recordar-te a todas as horas!...

Ser mulher!...

A.C.

Silêncio

De mão dada,
Pés descalços,
Areia molhada!
Caminhamos…
Lado a lado,
Em silêncio!
Não precisamos dizer nada…
Simplesmente de mão dada…
A paz, a calma,
A serenidade do momento,
O azul do mar,
A brisa do vento,
Só queremos amar!...
Esquecemos o sofrimento!...
Amar a natureza,
A gaivota no ar,
Os cavalos ao longe a pastar,
Uma criança na areia a brincar!
E nós?!...
Simplesmente…
A observar,
A caminhar,
De mão dada,
Sem dizer nada!

A.C.

Sinto Falta

A chuva cai lá fora,
Cá dentro minha alma chora.
Sinto um vazio enorme
Que me corrói e consome!
Não sei viver sem ti.
Sem ti nada faz sentido!
É como se não tivesse vivido!
Sem ti só vejo escuridão
Preciso do aconchego da tua mão.
Sinto falta do teu calor!
Dos teus beijos,
Dos teus risos,
Do teu humor!
Enfim…
Sinto falta de ti,
Meu AMOR!

A.C.

Sinto-me...

Sinto-me perdida na vida!
Não consigo encontrar um rumo!
Pássaro de asa partida!
Fogueira sem fumo!…
Oásis sem sol!
Caminho sem rota!
Mar sem farol!
Paraíso sem porta!
Sinto-me morta!…

A.C.

Só Queria!...

Dia primaveril,
Dia de abril!
O sol entra de mansinho,
No meu quarto,
Beija minha triste face.
Mais um dia!
Caminho sozinha,
Na estrada da vida!...
Tenho esperança!...
A primavera,o sol,
A poesia!...
Trazem alegria,
Paz, calma e
Harmonia!
Minha triste alma…
Continua vazia!
Procuro a minha fantasia…
Aquilo que queria…
Que se fizesse magia!

Queria a tua companhia!
Queria aquela alegria!

Só queria!...
Contigo passar…
Mais um dia!

A.C.

Solidão Só

Perco-me
Nas ruas da solidão
Quero esquecer que existo!...
Vagueio na multidão…
Quero gritar que desisto!...
Calco os sentimentos
No fundo do coração…
Para matar os tormentos
Que são a minha perdição!...
Tanta gente ao meu redor
E eu tão triste e só!...
Não há tristeza pior…
Que esta solidão só!

A.C.

Solidão

Caminho no meio da rua
Perdida, solitária
Tanta gente e eu tão só!
Perdi-te sem saber como…
Procuro-te em todo o lado
E não te encontro…
Vejo-te e não te vejo…
Sinto-te sem te sentir…
O vazio está instalado!
Tudo é o inverso do que era!
Tanto de tudo e de nada!
Mais pareço uma alma penada
Que vagueia no meio da rua
Perdida, solitária, abandonada!

A.C.

Sonho ou Realidade

O sonho alimenta a alma!
O sonho traz a calma!
Mas que fazer?...
Quando deixas de sonhar...
Quando só fazes é sofrer...
Quando já nem queres acordar!
Quando perdeste o querer...
Queres ir e não ficar!
Não tens nada a perder
Já não tens pelo que lutar!
Só queres tudo esquecer!
Sonhar que foi um sonho!
Sonhar que vais acordar...
Daquele sonho medonho
Que deixou de te amedrontar!

Cais na realidade…
Percebes que é tudo verdade!...

A.C.

Sonho

Sonho contigo!...
O sonho traz-me
sensações já esquecidas,
Guardadas em mim…
Não perdidas!
Sinto-te a segurares
Minha mão,
A acariciares
Meu corpo nu!
Sinto a tua pele macia
Junto à minha!
Os teus lábios de mel
A beijar meu corpo…
Sem parar!
Não quero acordar!
Quero ficar assim…
Até o dia raiar!

A.C.

Sonho 2

Sonhei-te!…
Imaginei-te!…
Idealizei-te!…
Mas tudo ficou por aqui
Perdeu-se no sonho
Sonho que vivi
O real é medonho
Dias solitários sem fim
Noites tristes e frias
Até me esqueço de mim
E não vejo melhorias
Tento lembrar a alegria
Nestas noites de insónia
Mas a cama está fria
E já me foge a memória
Nestes devaneios do sonho
Tento encontrar consolo
Anseio um futuro risonho
Um sorriso de apoio
Sonhei-te!…
Imaginei-te!…
Idealizei-te!…
Mas tudo foi um sonho!…

A.C.



Sorriso da Vida

Quando a vida
Te sorri
Tens de aproveitar
Logo te prega a partida
E deixa-te a chorar!...
Perguntas...
O que perdi?...
Tudo ou quase tudo!
Esqueceste-te de viver!...
Nesse frenesim inquietante
Nessa correria louca…
Ficou num passado distante
A vida que foi tão pouca!...
Pensamos…
Só acontece aos outros!
E quando nos bate à porta
Ficamos que nem loucos!...
A vida é torta
Vai-se esvanecendo aos poucos…
A esperança fica morta
Fizemos ouvidos moucos!...
Se a vida te sorri…
Vive!!!
Momentos bons são poucos
São efémeros…
Quase nem dás por eles
De tão ténues…
Que quando te apercebes
Já passaram!...

A.C.

Sossego

Palavra que diz tanto
E que se tem tão pouco
No meio de meu pranto
Redemoinho que nem um louco
A cabeça anda às voltas
Sossego...onde andas?
As palavras saem tortas
Não fazem o que tu mandas
Sossego...onde andas?
Como queria não pensar
Esta raiva sossegar
Ter calma para descansar
E muito amor para dar
Sossego...quando virás?
Minha alma adormecer
Não quero voltar atrás
Meu coração quero acalmar
Toda esta dor esquecer
Quero sossegar!...

A.C.

Sou Rica

Sou rica!
Tenho o maior tesouro
Que se pode ter…
Uma família linda!
Não tenho riquezas materiais
Mas tenho um tesouro
Maior que tudo no mundo!
Tenho carinho!
Tenho amor!
Tenho companheirismo!
Tenho compreensão e afecto!
Tenho tudo o que alguém pode desejar!

Sou rica!

A.C.

Sou!

Sou!
Aquilo que nunca fui
Alma penada e triste
Sonho que se dilui
Naquilo que já sentiste!

Sou!
Maquiavel na sua maldade
Cabeça cheia de insanidade!
Gabriel na sua bondade
Cheio de esperança na humanidade!

Sou!
Nevão nos dias frios
Primavera de amor
Paixão nos belos estios
Outono no seu esplendor!

Sou!
Pôr-do-sol bem colorido
Onda do mar sem perigo
Arco-íris de ilusão
Neste pobre coração!

Sou!
O que a vida de mim fez
O que vivi sem querer
Insecto na sua pequenez
Sou amor até morrer!

A.C.

Sou...

Sou tudo e não sou nada!...
Sou ouro, sou prata,
Sou bijuteria barata!...

Sou espuma das ondas,
Brisa fresca do mar!
Calor do sol,
Que minha face vem beijar!
Gaivota livre a esvoaçar,
Peixe na água a saltar!

Aconchego do meu lar?!...

Sou flor a desabrochar,
Nos verdes campos a bailar!
Sou abelha a esvoaçar,
E minhas pétalas vem beijar!

Sou a dor dos que sofrem,
A alegria dos felizes!
Sou aconchego dos pobres,
Nas noites frias…
E nos dias!...

Sou amor,
Sou paz,
Sou guerra,
Sou fome,
Sou miséria!

Sou tudo e não sou nada!...
Sou ouro, sou prata,
Sou bijuteria barata!...

A.C.

Sucesso

Sucesso
Não é ter fama
Não é ser-se bajulado!
Sucesso
É ter amor para dar
E para receber
É ser-se amado!
Sucesso
É sensação de dever cumprido
É uma paz interior
É saber ter vivido
A vida no seu esplendor!
Sucesso
É paz de espírito
É caminhar erguido
É o fazer bem sem olhar a quem
É amar o desconhecido
É viver desinibido
Sem seguir o que está escrito!

A.C.

Superação

Cada dia que passa
Mais a realidade
Se torna real!...
Um sonho que te abraça…
Voltar a ter felicidade
Nesta vida surreal!
Passa um dia...outro passa
Em tudo sentes maldade
Tudo parece uma farsa
Teu consolo a amizade!
Momentos bons...momentos maus
Vais vivendo e superando
Sobes e desces degraus
Recordas as recordações
Guardadas na vida...vivida
Guardadas nos corações!
Fechadas a sete chaves
Na gaveta das ilusões!
Hoje não é fácil
Amanhã será melhor!...
Alguém com olhar dócil
Olha por ti com amor!
Muito para além da morte…
Do sofrimento e da dor!...

A.C.

Tudo

Tudo se faz…
Tudo se paga…
Como assim?
Não fiz nada!!!
Porquê a mim?

A.C.

Tu És!

Tu és!
Alimento dos meus poemas
Calvário de minhas dores
Tema das minhas novenas
Oração dos perdedores!

Tu és!
Calmaria na tempestade
Furacão de ansiedade
Relâmpago de maldade
Trovão sem piedade!

Tu és!
Tudo e não és nada
És o centro do mundo
Uma porta fechada
És o inferno profundo!

Tu és!
A dualidade na ambivalência
A medonha expressão do ego
A suave e doce benevolência
A causa do meu desassossego!

A.C.

Tristeza

Tristeza…
Porque teimas
Em assolar minha alma?
Porque não me deixas
Viver a vida com calma?
Porque queimas
Tanto meu ser…
Acalentas minha dor?...
E eu sem querer
Só ansiando amor!
Destróis todo o meu viver
Abancas em mim!
Às vezes só quero morrer
Nisto tudo pôr um fim!...
Sigo em frente
A vida é mesmo assim!

Anseio um dia diferente…
Com cheiro a jasmim
Borboletas coloridas
A voar num belo jardim!...
Eu com minhas amigas
Alegres e divertidas!
Um dia bem diferente
Em que a alma está contente!
Livre de ti finalmente!

A.C.

Triste...Estou Triste!

Triste...estou triste!
Não tenho explicação
Dias acordo a sorrir
Outros não!...
Partiste!
Deixaste-me nesta aflição
Quero dormir…
Para quê acordar?
Se não tenho a tua mão
Para segurar…
Se não tenho a tua boca
Para beijar…
Se não te tenho a ti
Para abraçar…
Já não sinto o teu cheiro
Na nossa cama...
Já não sinto meu corpo
Em chama…
Não ouço a tua respiração
Só resta…
O silêncio da solidão!
Para quê acordar então?...

A.C.

Triste Solidão

Solidão…
Sensação tão triste!...
Tão só na sua solidão…
Saber que já não existes!
Que não mais me dás a mão!...
Momentos assim vêm e vão
Passaram...foram embora!
Mas este não!...
Eram simples momentos de solidão!
Este por uma vida se demora!
Meu coração apertou
E nunca mais o largou!
Minha alegria não sei onde mora!
Desapareceu...foi embora!
Já nem sei quem sou!
Nem o que de mim restou!

A.C.

Terra

Como eu gostava…
Que acabasse a fome na Terra!
Que acabasse a guerra!
Que houvesse paz no Mundo!
Realidade ou quimera?
Um desejo profundo!

Investe-se tanto em armas,
Em químicos tóxicos,
E sei lá eu que mais?
Em destruição!!!

Ajudem vosso semelhante
Deem-lhe um pouco de pão
Venham salvar todas as almas
Que passam fome e privação!

Acabem com a ganância
De governar este Mundo
A Terra é de todos
Afirmo! Não pergunto!

Venham todos dar a mão
Unidos num só grito
Acabar com a destruição
Do nosso planeta querido!!!

A.C.


Terapia

Os meus poemas
São lágrimas do meu coração
Por não poder ver-te apenas
Apertar a tua mão.

Os meus poemas
São terapia para mim
Quero recordar as dezenas
Milhares de alegrias sem fim.

Quando escrevo
Esqueço a triste realidade
De não poder ter-te apenas
Sentado ao meu lado.

E bate aquela saudade…

Escrevo para esquecer
Escrevo para matar a saudade
Escrevo para recordar
Os nossos momentos de felicidade!

Recordo-te em mim
Na vida que partilhámos
Nos momentos lado a lado
No curto caminho que trilhámos!

Sonho ficar contigo assim…
Juntinhos até ao fim!

A.C.

Ter de Continuar

Ando para aqui…
Perdida na vida!
Procurando um rumo
Uma segurança esquecida!
Vou vivendo…
Vou respirando…
Vou sofrendo…
Vou recordando…
Os dias passam
Vêm as noites!
Os sonhos me abraçam!
Estranhas sensações
Que meu corpo invadem…
E de repente se esfumaçam!
Breves perdições…
Dois corações
Que se entrelaçam!

A.C.

Tento!...

Eu juro que tento!...
Com todas as forças
Do meu ser!...
Tento e sinto desalento!
Tento!...
Com todo o meu querer!
Mas de repente…
Vem uma tristeza triste...
Vem uma solidão tão só...
Sinto que não vivo...existo!
Até de mim tenho dó!
Penso que tenho alguém à espera…
Mas já não tenho!
Ai solidão como dóis!...
Abates-te em minha vida
Derrubas meus sonhos,
Minhas ilusões!...
Tudo corróis…
Tudo destróis…
Quando penso
Que está mais suave,
Tu vens e móis, móis, móis…
Dizem...A alma humana
Tudo supera!...
Mas a solidão é tamanha
E não tenho ninguém à espera!...
Como superar esta fera?...
Quando sinto que já não vivo…
Simplesmente existo!...
Tento!
Eu juro que tento!...

A.C.

Tempo

A vida é uma corrida
Contra o tempo
Que nos troca as voltas
Como um passatempo
Em que escorregas e dás cambalhotas.

A vida foge-te todos os dias
Nesse teu frenesim inquieto
E nem te dás conta…
Cada dia que passa
É mais um nessa corrida
E fica mais curta a vida!

O tempo tudo ganha e nada perde!
Ganha sempre!!...
A vida fica perdida…
Esquecida…
Na eternidade do tempo!!...

A.C.



Usurpação

Quando tomamos por nosso
Aquilo que alguém criou
Se nos sentimos um colosso
E a vaidade assolou
Devemos um pouco pensar
Que alguém se magoou
E devemos logo parar
Aquilo que se começou
Não há nenhuma virtude
Nem tão pouco satisfação
Nesta tão triste atitude
Ser apelidado de ladrão
Dos sentimentos alheios
Não me parece solução
São somente gestos feios
Podemos ter a ilusão
Podemos enganar o mundo
Que somos donos da criação
Mas nós sabemos lá no fundo
Que estamos a usurpar
Dores e sentires alheios
Estamos apenas a criar
Desgosto com gestos feios
A chama estamos a apagar
Na alma do criador
Deixamos de saber amar
Porque matámos o amor!

A.C.




Universos Paralelos

Universos Paralelos
Quero acreditar
Onde nossos entes queridos
Depois de partir vão repousar!
Universos Paralelos
Ficção ou talvez não!...
São janelas abertas
Para o sonho e ilusão
São campos floridos
Pintados com o coração
São mares infinitos
De perder a visão
De águas calmas
E ondas de algodão
Um céu muito azul
Um sol sempre a brilhar
Pessoas alegres e felizes
Crianças a rir e a brincar
Não há ódio nem rancor
Não há tristezas nem mágoas
Há sim muito amor
Há o ir e não voltar!...

A.C.

Uma Vez Mais

Amo-te desesperadamente
Com o corpo, com a alma
Com o pensamento!...
Fogo ardente!
Que apagaste friamente!...
Doce paixão
Pura ilusão
Só ficou a recordação
Do que foi…
Do que podia ter sido…
Este coração ferido
Sem calor nem abrigo
Este vazio descabido
De querer estar contigo!...
Beijar-te uma vez mais…
Sem vírgulas nem pontos finais!...

A.C.


Um Poema É!...

Um poema é!...

Um grito que sai da alma
E te beija suavemente
Trazendo muita calma
Esqueces o tempo
Eternizas o momento
Perdeste o contratempo
Libertas o sofrimento

Um poema é!…

Um grito que viaja ao infinito
Leva-te com ele pela mão
Acalma-te o coração aflito
Abraça-te na solidão
Faz-te sentir bendito
Ilumina-te na escuridão
À dor está adstrito

Um poema é!…

Um conjunto de palavras
Unidas num belo escrito
Que te faz esquecer as mágoas
Quando soltas o teu grito!

A.C.

Um Dia...

Alguém disse-me
Um dia
Quero ser tua poesia
Escrever nessas folhas
Em branco
Um hino à alegria
Quero ser teu agasalho
Nas manhãs frias
De orvalho
Quero ser as utopias
Do teu imaginário
Tuas alegrias
Nesse espelho refratário
Quero juntinho ao peito
Aconchegar-te com amor
Aliviar o conflito
Que arde no seu interior
Quero caminhar
A teu lado toda a vida
Percorrer os mesmos caminhos
Sem nenhuma contrapartida
Orientar teu rumo
Ajudar-te a ser destemida
Ser o teu fio-de-prumo
Nas incertezas da vida
Quero abrir esse coração
Nele depositar uma flor
Para esta desabrochar
E te oferecer muito amor!

A.C.

Viver

Saudades…
Do que vivi
Do que sonhei viver
Dos beijos que recebi
De ver o tempo correr
Ter-te aqui a meu lado
Ver-te e sentir-te viver
Saber que te sentes amado
Sonho que não quero perder
Momentos para recordar
Vivências a não esquecer
Viver para te amar
Amar-te para viver!...

A.C.

Visão

Olho o infinito…
Para lá do horizonte
Lá…
Onde o céu toca o mar
E se banha suavemente
Nas suas águas límpidas.
Sinto que minhas dores
São ínfimas!!!...
Sinto uma paz e uma calma,
Há muito não sentidas
E uma pontinha de luz,
Invade e aquece minha alma.

Contemplo as ondas,
No seu frenético vaivém
Para cá e para lá
Espreguiçando-se na areia
E nela se esvaindo em espuma.
Cenário lindo,
Que aquieta minha alma.
Agora está tudo bem!
Vou vivendo com calma!

A.C.

Vidas Estagnadas

Vidas estagnadas
Bocas amordaçadas
Almas enlutadas
Alegrias sepultadas
As vivências esfumam-se
As mãos desentrelaçam-se
Os pensamentos gastam-se
Os sonhos sublimam-se
E tu?...
Calas o que não queres calar
Morres um pouco em cada lugar
Vives este teu penar
Até quando Deus desejar!...

A.C.

Vidas Atarefadas

Hoje acordei a pensar!...
Quão complicada é a raça humana,
Ou será desumana?...
Uma luta atarefada,
Uma raiva calada…
Um egoísmo atroz,
Que dói como uma bofetada!

Alma vazia!
Olhos abertos...mas fechados,
Para as realidades dos outros!...
Passos apressados,...
Passos pesarosos...
Para quê???...
Tanta corrida,
Tanta labuta,
Tanta ferida,
Tanta disputa!!!...

Máquinas telecomandadas,
Bocas amordaçada,
Vidas apressadas,
Cabeças desesperadas!!!...

Podia acabar o Mundo,
Que tu não sentias nada!!!

Hoje temos tudo!
Amanhã não temos nada!

A.C.

Vida

No turbilhão da vida,
Esqueci-me de viver.
Agora ando perdida…
Sem rumo,sem Norte,
Sem saber o que fazer!
Pensava que iria ter,
Muito tempo para viver,
Mas este, como areias movediças
Fugiu-me por entre os dedos.
Doem-me as entranhas,
Destas sensações estranhas!
Da solidão, das injustiças,
Das horas não vividas,
Das esperanças perdidas.
Enfim…
Das partidas da vida!

A.C.

Vida 2

Uma vida
Que unicamente vivi
Em que de mim me esqueci
E a juventude perdi!
Agora!…
Para mim quero viver
E não sei como fazer?…
Sinto-me só e perdida
Sozinha nesta vida!
Quero algo a que me agarrar
Mas não sei por onde começar!…
Nunca fui eu!
Sempre outro alguém
Em primeiro lugar estava!
E agora?…
Olho mais longe, mais além…
E percebo!…
Que esqueci o que gostava!
Esqueci o que amava!
Tudo o que eu queria
Era um minuto para mim!
Agora!…
Tanto tempo restava!…
Sou minha única companhia
Tenho horas, minutos sem fim
Para viver só para mim
Descubro!…
Que não sei como fazer
Para tentar viver assim
Só para mim!…

A.C.


Vida Vazia

Transformei meus sonhos
Em nuvens de algodão!
Voei bem alto…
Segurei tua mão!
Senti segurança…
Ânimo e alegria
Como quando era criança!
Mas isso foi um dia
Que se perdeu na lembrança
De minha alma fria
Que já perdeu a esperança!
Alma oca...alma vazia!
Onde estão os sentimentos?...
Tais como amor e alegria…
Perderam-se no tempo
Nesta vida sem melodia
Neste viver o momento
Deste triste dia a dia
Deste grande sofrimento
Desta vida vazia!

A.C.

Viagem à Mente

Fiz uma viagem
Aos confins da minha mente
Revivi tanta bobagem
Mas também tanto momento!
Uns muito bons
Outros nem tanto…
Uns de riso e alegria
Outros de dor e pranto!
As mais belas cores
Pelos meus olhos passaram
Depositaram flores
Esperança me deixaram
Vi o passado…
Mas também vi o presente!
Relembrei tanta coisa
Recordei tanta gente
Da minha vida ausente
Umas vivas...outras mortas!
Perdi-me neste labirinto
O cérebro tem tantas portas!
Umas abertas…
Outras por abrir…
Outras em que vais
E não voltas…
O cérebro tem tantas portas!

A.C.

Viagem a Lamego

Chegámos a horas.
Não nos queríamos atrasar!
A "barraca" começou sem demoras
"Minha senhora tem de se sentar!"
Diz o motorista com ar sério.
Fiz-lhe a vontade...
Sentei-me e o cinto apertei,
Pois não queria ficar na cidade.
Depois da coragem que ganhei!!!
Em Coimbra fomos todos
A bexiguinha aliviar
Um estafermo qualquer
Entrou e roubou-me o lugar!
Julguei que me tinha enganado,
Desci com andar apressado
Entrara no autocarro errado?!
Mas não...e a minha amiga
Logo resolveu a questão!!
Fiquei bem conhecida,
O expresso virou excursão!!!
Toda a gente que saía
De nós três se despedia,
"Boa Páscoa! Tenham um bom dia!"
Esta viagem foi uma alegria!!!

A.C.

Verão

Verão... quando voltas?!
Preciso do teu calor,
Da alegria que transportas.
Do teu convite ao amor!
Dos teus meigos raios
Que aquecem minha alma
Onde calmamente me espraio
E recupero minha calma!
Verão... quando voltas?!

A.C.


Vaidade

Dos sete pecados mortais
A vaidade é dos piores
Pois desdenha dos demais
Provocando muitas dores!

Ser vaidoso é um pecado
Que deves combater
Para seres mais estimado
Vaidade não deves ter!

É tão bom ser simples
Na nossa simplicidade
É o mais belo dos brindes
Dado à humanidade!

Não é por se ser vaidoso
Que se é melhor que alguém
Às vezes até é asqueroso
Querer ser mais que outrem!

A vaidade ofusca a alma
Daquele que é seu detentor
Até nos tira a calma
Ao ver tanto despudor!

A vaidade é um fardo
Que pode ser bem pesado
Ser simples em todo o lado
Dar amor e ser amado
Não há maior agrado!

A.C.