sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

25 de Novembro

Hoje a minha alma chora
O vazio e a saudade
Imperam no meu ser
Hoje não vão embora
Talvez só quando eu morrer!
Ando às voltas pela casa
Procuro nem sei o quê…
O impossível talvez
Aquilo que não se vê…
A realidade é dura
Nem consigo descrever
É tanta a amargura
De te querer e não te ter…
A noite foi um tormento
O silêncio meu companheiro
O choro foi meu alento
Neste espesso nevoeiro
Contava com esta provação
Não a sabia tão dura
Outras mais se seguirão
Que receberei com ternura
Punhaladas no coração
Deixam-me a alma pura
Tu foste a minha paixão
E isso não se cura!…

A.C.

A Pensar em Ti

Deito-me a pensar em ti
E acordo em ti a pensar
A alegria que perdi
E não consigo resgatar
Esta apatia instalada
Vontade de não fazer nada
Esta dor magoada
Que fere como uma punhalada
Tento reagir
Tento viver o momento
Mas de que vale fingir
Se é tão grande o sofrimento
Nada me desperta interesse
Nada me impele a seguir
Não que eu merecesse!
Sofrer a ver-te partir
Deus assim quis
Deixar-me tão só assim
Alguma coisa que eu fiz?
Este castigo não tem fim?
Deus por favor me diz!

A.C.

A Vida É um Jogo

A vida é um jogo
De vitórias e derrotas
É uma roleta russa
Labirinto de muitas portas
Uns dias sais perdedor
Outros és um vencedor
Ardes neste jogo
Jogas com muito fervor
Mas logo se apaga o fogo
Neste jogo de desamor
Nem sabes o que procuras
Jogas por puro prazer
Só encontras amarguras
Esperas um novo amanhecer
Ganhas e perdes meu amigo
Tudo se repete novamente
O azar brinca contigo
Joga...joga...diáriamente
Busca no jogo teu abrigo
Vai jogando simplesmente
A esperança não podes perder
A sorte virá finalmente!?...
Vai jogando até morrer!…

A.C.

A Vida

A vida
É um emaranhado
De encruzilhadas
E se tu ficas parado
És apanhado nas ciladas!
Viver não é fácil…
Lutas constantes travas
Se não és ágil
E ficas pelas palavras
Ficas frágil
E abusam de tuas mágoas!…
Luta!
Vive!
Enfrenta esta guerra!
Isto é a vida na terra!
Esquece as mágoas!
Enfrenta a fera!

A.C.

Abanão

Ontem um amigo
Deu-me um grande abanão
Deixou-me a pensar
Que a vida não é só solidão!
Perguntei-me?...
Onde está aquela Alice
Alegre e contente
De bem com a vida
Sempre presente?...
Aquela Alice
Cheia de vontade de viver
Que eu não queria perder…
Senti!...bem lá no fundo
Uma luzinha ténue
Quase apagada
Pelo sofrimento!...
Mas ainda brilhava
Qual estrela no firmamento
Apesar de desmaiada
Ainda estava quente!...
Não morreu...
Está viva!...
Só adormecida
De tanto que sofreu!
Ali ficara na escuridão
À espera de um abanão!

A.C.

Agitação

Olho para ti!
Um ser tão pequenino
Uma alma tão grande!...
Olhar vazio
Andar errante…
No teu desvario
Não páras um instante!...
Corpo franzino
Cabeça acelerada
Olhar de menino
Alma abençoada!...

A.C.

Ai Como É Grande

Ai como é grande,
O mundo, a vida!
Só eu neste mundo
Vagueio perdida!
Mundo que não é
Lágrimas sempre vistas
Tenho eu de perder-me
Para que tu existas!

A.C.

Alma Triste

Alma triste
Porque partiste?
Porque me deixaste tão só
Na minha solidão?
Sonhos desfeitos em pó!...
Caminhei...parada!
Esqueci-me de esquecer!
Sonhei acordada!
Silenciei o silêncio!
Esta dor amargurada!
Alma triste
Porque partiste?
Porque me deixaste
Desesperada!?

A.C.

Almas Desencontradas

Almas desencontradas
Memórias esquecidas
Desbotadas...
Corroídas…
Amassadas…
No tempo perdidas!
Vidas suspensas
Almas sofridas
Não dizes o que pensas
Doem-te as feridas
Dores abafadas
Em ti escondidas
Sonhos vazios
Noites de calafrios
Esperança perdida
Algures na vida
O sabor do teu beijo
O calor da tua mão
O maior desejo
Amar com paixão!...
Sonho ou ilusão?...

A.C.

Amei

Amei…
De corpo e alma!
Cada poro da minha pele...
Na tua presença,
Transbordava amor!
Doce inocência!...
Triste dor!...
Quando me beijavas
Perdia a noção do tempo!
Do certo e do errado!...
Só queria viver o momento
Era esse o meu pecado!...
O chão fugia-me...
A razão também!
Teus beijos eram o alimento
Do meu corpo!
Da minha alma!
Da minha vida!...
Quando me acariciavas!
O teu toque...
Transportava-me às nuvens!
Fazia-me perder o norte!
Sonhava acordada!...
Via estrelas no firmamento...
Grata por ser amada!
Não pensava em sofrimento!
Entreguei-me a ti...
Incondicionalmente!
Sem medos!
Sem cobranças!
Sem segredos!
Mas tudo acabou...
Como começou!
Ficaram as doces lembranças...
De quem tanto amou!

A.C.

Amigos

Ao longo da vida
Muitos passam por nós
Uns vão e não voltam mais
Outros acompanham-te sempre
São esses os amigos!
Aqueles que prevalecem
Para lá destas vidas ocupadas.
São aqueles que...se preciso,
Te dão umas palmadas!
Nos bons e maus momentos
Eles estão lá!
Firmes!
Para te aconchegar, acarinhar,
Consolar, aconselhar,...
E para te fazer rir
Com as suas piadas!
Amigos são flores
De várias cores
E tornam a nossa vida
Bem mais colorida!
Obrigada meus amores!

A.C.

Amo

Amo a Natureza
Os campos em flor
Aquele colorido
É um desafio ao amor.
Amo contemplar
O infinito azul do mar.
As ondas a deslizar.
As gaivotas a pairar.
É uma beleza sem par!
Perco-me no tempo
Só vivendo este momento
Minha ansiedade acalma
Fica feliz minha alma.
Foi-se a tristeza!
Sinto paz…
Veio a calma!

A.C.

Amor Adolescente

Amei-te desesperadamente
Amei-te de corpo e alma
Acreditava firmemente
Que eras uma pessoa calma…
A vida me ensinou
O reverso da medalha!...
Deste amor nada restou
Nem mesmo uma migalha!...
No vigor da juventude
Alma minha que se ilude
A pensar que a vida
É um conto de fadas
Com príncipes e princesas
Moiras encantadas!...
Duendes e querubins
Cavalos alados
E outras figuras afins!...
Mas não!...
Não era verdade!...
Era tudo imaginação
Deste coração apaixonado
Que acreditou na mentira
Coração magoado…
Que viveu na ilusão
De vir a ser amado…
Esta grande paixão
Que ao tempo resistira
E sua alma ferira!

A. C.



Amor

Passei na tua rua. Quase morta
Ía minha alma - triste mocidade!
E nessa hora fatal, à tua porta
Eu deixei a LIBERDADE.

Quis ver se a resgatava; esta tristeza
Oprimia de dor meu coração
Porém, passando ali mais uma vez
Eu deixei a ILUSÃO

Voltei ainda. O amor dos meus 16 anos
Obrigou-me a partir; mas nesse dia
Vi rirem-se de mim os desenganos
E eu deixei a ALEGRIA

Hoje se por desgraça
Tenho de passar por este chão funéreo
Sinto medo e horror como quem passa
De noite num cemitério!

A.C.





Anda!...

Anda!…
Caminha a meu lado
Não digas nada
Faz-me só um afago
Que me deixe fascinada!

Anda!…
Senta-te junto a mim
Olha-me fixamente
Faz-me sentir num jardim
Sem nada que me acorrente!

Anda!…
Sussurra-me ao ouvido
Palavras doces e belas
Fala-me num tom atrevido
Leva-me a ver as estrelas!

Anda!…
Beija meu triste rosto
Coloca nele um sorriso
Faz-me esquecer o desgosto
Surpreende-me de improviso!

Anda!…
Vem comigo caminhar
Até o dia raiar!…

A.C.

Aprender a Viver Sem Ti

Uma vida dividida
Alegrias, tristezas, desabafos
Carinhos…
Tudo era a dois!
E agora?
Com quem repartir tudo isto?
Quem sofre…
Quem ri comigo?
Quem desabafa e me ouve?
Quem me acaricia?
Quem???

Como é difícil passar
De dois a um…
É um vazio de alma,
De espírito, de companheirismo.

A solidão instalada!!!
Como é difícil
Aprender a viver sem ti!

A.C.

Aprender a Viver

Escrevo o futuro
Com as lágrimas
Do meu passado
Ergui um muro
Abafei mágoas
Neguei ser amado
O que ganhei?
Isolamento profundo
Tanta lágrima chorei
Não vivi nem um segundo
Desejei morrer
Que acabasse o mundo
Que aliviásse este sofrer
Este viver nauseabundo
Para quê?
Se a solução está em mim
Bem no fundo do meu ser
Nisto tudo pôr um fim
E aprender a viver
É tão simples assim!

A.C.

Arco-Íris da Vida

Pintei um arco-íris
Na minha vida cinzenta!
Usei as mais belas cores
E da aguarela de dores
Fiz um quadro de amor
Que minha alma acalenta!
Esperança em flor!
Esqueço o que me atormenta!
Visualizo um campo florido…
Um mar azul infinito…
Que fico contemplando!
Recolho no peito um grito!
Um sonho que ficou esquecido…
Assim vou pintando
O arco-íris da vida!...

A.C.

As Cores da Vida

Os sítios são os mesmos
As coisas são as mesmas
Mas tudo é diferente sem ti
Os meus olhos vêem diferente!
Agora tudo é a preto e branco
As cores esvaneceram-se…
A alegria de viver desapareceu
Aprender tudo de novo…
E no singular é doloroso!
Quando a vida foi vivida no plural.

A.C.

Até Quando...

Até quando...
Vou suportar este viver?...
Até quando…
Vou não desejar morrer?...
Até quando…
Esta luta desigual?...
Até quando…
Esta falta de moral?…
Até quando…
Esta rebeldia adolescente?...
Até quando…
Este viver displicente?...
Até quando…
Até quando?…

A.C.

Basta!

Os sonhos…
Diluem-se um a um
Como flocos de neve!
No coração um tum tum
Acelerado e breve…
Bate de medo!
De ansiedade!
De desassossego!
De saudade!...
A memória esvai-se…
De cansaço!
De tanto trabalhar em vão!
De não ser escutada!
De nunca ter razão!
Desta vida malfadada!
Que tanta vez diz não!
E é tanta vez abafada!
Basta!!!

A.C.

Cacos da Vida

A tua princesa
Chora de saudades!
Sente a tua falta…
Precisa que a afagues!
A outra prenda viva
Parece uma fortaleza!
Mas tem a alma ferida…
E nos olhos grande tristeza!
A família está partida!
Vidas feitas em cacos!
Falta-nos o amor da nossa vida!
Manta de retalhos com buracos!...

A.C.




Caminhando

Passos lentos…
Cabeça baixa…
Caminho deambulando!
Deambulo caminhando!
A noite está escura como breu.
A lua espreita envergonhada.
Não se vêem estrelas no céu!
Noite sinistra… noite encantada!
Ao longe vêem-se silhuetas,
Das mais diversas formas!
Umas mais bonitas e esbeltas,
Outras mais feias e diabólicas!
E neste passo lento…
Neste vaguear errante…
Caminho deambulando!
Deambulo caminhando!

A.C.

Campos Floridos

Os campos estão floridos
Convidam à reflexão
Os sonhos ficam perdidos
Esbatem-se no colorido
Desta grande imensidão!
O verde dá-nos esperança
O azul gratidão
O vermelho cor de sangue
Traz-nos de volta a ilusão.
O amarelo e o laranja
A alegria de viver…
De esquecer a solidão!
O colorido...o calor…
Destes lindos campos em flor
São um convite da Natureza
Para a paz e para o amor!
Perco-me neste contemplamento…
Interiorizo esta beleza!
Vivo cada minuto intensamente!
Estou viva!...Tenho a certeza!
Há vida em cada poro!
De meu corpo esquecido!
Das mágoas por que choro!
Daquilo que tenho perdido!

A.C.

Caneta na Mão

Caneta na mão
Palavras a jorrar
Na minha mente...em vão!
Só tenho vontade de chorar…
Escrever, escrever,...somente!
Mas não…
As palavras vêm e vão…
Para lá do firmamento.
Que aperto no coração!
Saudade, tristeza,...emoção?
Caneta na mão!

A.C.

Castigo ou Maldição

Porque tanto procuras perdão?
Quando nada há a perdoar!...
Porque queres ter sempre razão?
Quando alguém te quer ensinar!...
Porque caminhas erraticamente?
Sem conseguir seguir em frente!...
Na tua batalha constante
Não sossegas um instante…
Acalma teu coração ferido…
Vive a vida sem perigo!
De retrocesso em retrocesso
Aprende algo...eu te peço!...
É hora de seguir em frente!
Retira uma lição!
Aceita a mão que se estende!
Faz da vida a tua canção!

A.C.

Ciclos da Vida

A vida são ciclos
Duma poesia eterna
São caminhos percorridos
Trovoada...noite amena!
Dias de calmaria
Ou então de euforia!...
As saudades deixam pena
Dos momentos vividos
Das memórias de pequena
Dos beijos perdidos
Da carícia fraterna
Dos abraços esquecidos…
Nesta alma tão terrena
Cabeça e coração enfraquecidos
Ar que já não Oxigena!...
Corpo frágil, olhos perdidos!...
Nesta ânsia louca e plena
Nestes sonhos adormecidos
Resgatados desta arena
Desta vida pequena!

A.C.

Circo da Vida

A vida é um circo
Em que tens o papel principal
Tens de te saber equilibrar
No grande trapézio fatal
Fazes malabarismo
Com garra sem ser desleal
Neste palco és palhaço
Ris e fazes rir a geral
E no coração um estilhaço
Cravado bem lá no fundo
Apertado como um laço
Fazes rir todo mundo
Tu o triste palhaço!
Cavalgas dia e noite
Sem descanso nem desalento
Domas as perigosas feras
Com mestria e sofrimento
Por um beijo esperas
Ou um acto de reconhecimento
Neste teu frenesim
Não podes perder tempo
A vida é mesmo assim
Resumida a um momento!

A.C.

Como Escrever Alegria

Como posso escrever alegria
Se só recebo notícia triste
Tento viver cada dia
De cabeça levantada
Mesmo que de alma triste
Sem mágoa...com ousadia
Aparando cada bofetada!…
Desde que tu partiste
Só sinto melancolia
Nunca pensei…
Nunca imaginei...
Tão pouco em sonhos
Sonhei...
Como alguém pode aguentar
Tanto desalento...
Tanto sofrimento...
Meu Deus como eu fiquei
Como não queria ficar
No que eu me tornei
Já nada me pode abalar
Tão grande foi o sofrimento
Estou gelada por dentro
Rija que nem cimento
Sou pedra de altar
Em dia de sacramento!

A.C.

Como Eu Gostava!

Como eu gostava
Do tempo de criança
Na calçada andar descalça
Fazer da vida uma dança
Jogar ao pião
Brincar às escondidas
Jogar à apanhada
Saltar ao eixo
Dar uma risada
Para brincar
Tudo serve
Vida pura
Alma leve
Nada dura
Passa breve
Como eu gostava!...

A.C.

Como Eu Queria!....

Como eu queria!...
Que o tempo tivesse parado
Naquele dia
Daquela triste novidade.
Queria nele poder recuar.
Viver cada segundo,
Cada momento, novamente.
Ter muito humor,
Ter muita alegria
Nesta casa sem calor
Nesta casa agora fria!
Vazia!
Como eu queria!...
O aconchego dos teus braços
Juntinhos, abraçados!...
Meu coração está em pedaços
E meus sonhos despedaçados!

A.C.

Confronto Final

Estou a viver…
O Inferno na terra!
Sinto-me a perder…
Na luta com esta fera!
As chamas invadem meu ser!
O corpo parece que soterra…
No labirinto da mente…
No querer e não poder…
Nesta luta desigual
Do bem contra o mal!
Tenho de vencer esta guerra
Em que tudo é surreal!
Quero sair vitoriosa
Neste confronto final!

A.C.

Continuar

Hoje acordei
Com a saudade
A pesar que nem chumbo
Nas minhas costas
Sinto o peso do Mundo!
As lágrimas a aflorar
A tristeza a puxar-me para o fundo
Contra meu querer…
Não quero chorar!
Não sei que fazer…
Como tudo isto parar?
É superior ao meu poder
Tenho de lutar
Contra esta morte sem morrer!...
Este ir ou ficar…
Este querer sem querer…
Esta vontade de te amar
E não te ter…
Esta saudade de te abraçar
E não o poder fazer…
Tenho de caminhar...avançar…
Tenho de viver!

A.C.

Coragem

Hoje ganhei coragem,
Fui ao cemitério.
Recordo a tua imagem
A tua alegria de viver
O teu humor sem igual…
Bate a saudade!...
Dolorosa e persistente!
Triste… olho a campa
Onde descansas finalmente!
Deves ter frio meu amor?
A terra está gelada!
E tem chovido com fervor
Está toda molhada!
Queria dar-te o meu calor…
Aconchego e muito amor!
Falo contigo de mansinho
Dou-te um beijo em silêncio
Choro muito devagarinho…
Sorris para mim…
Lá do alto dizes-me adeus!
Sinto calma…
Está em paz minha alma!

A.C.

Crueldade

Nessa tua crueldade
Nessa tua mente insana
Só vejo muita maldade
Uma alma desumana

Tenho receio por mim
Já nem consigo ser eu
Antevejo um triste fim
O amor em mim morreu

A saia está muito curta!
A blusa é transparente!
Frases saídas à bruta
Dessa boca repelente

Pareces uma palhaça!
Toda tu engalanada!
E com ar de ameaça
Dás-me uma bofetada

Quem julgas tu que és?
Meu dono não de certeza!
Devias beijar meus pés
Tratar-me com delicadeza

Não te quero na minha vida
Quero ser EU por inteiro
Vai tomar outra bebida
Volta para o teu galinheiro
Pois já nada me intimida
Já se foi o nevoeiro!

A.C.

Cruz

Todos nós
Carregamos uma cruz!
Umas mais leves…
Outras mais pesadas!...
A minha está tão pesada…
Que já não posso com ela!
Preciso duma luz!...
Intensa e breve...
Que me faça sentir amada!
Que torne minha cruz leve!
Que me faça prosseguir!
Que me ajude nesta caminhada!
Que me faça sorrir!
Que ilumine meu caminho!
E me aguarde à chegada!
Com muito amor e carinho!

A.C.

Dá-me a Tua Mão

Dá-me a tua mão!
Arranca de mim esta solidão
Sussurra-me baixinho
Palavras com emoção
Palavras de carinho
Palavras de paixão!

Dá-me a tua mão!
Leva-me a ver o mar
Dá-me o teu perdão
Ensina-me a perdoar!...

Dá-me a tua mão!
Caminha a meu lado
Diz que não foi em vão
Este sofrimento passado
Esta triste ilusão
De te querer...e não te ter!
Novamente a meu lado!

A.C.

Dá-me um Abraço

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Aconchega-me
Em teu peito
Arranca de mim
Este cansaço
Este sonho desfeito
Esta tristeza sem fim.

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Ajuda-me a ultrapassar
Esta luta de titãs
Que estou a vivenciar
Estas sombras pagãs
Que assolam meu olhar.

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Procura-me em mim
Já não sei o que faço
Vem ser meu querubim
Desata meu embaraço
Vem ser o meu jardim.

Vem!…
Dá-me um abraço!…

Um abraço sem fim
Bem gostoso e apertadinho
Deixa-me ficar só assim
A saborear o carinho
Nesta solidão tão ruim.

Vem!…
Só quero o teu abraço!…

A.C.

Desígnios da Vida

Tenho tentado entender
Os desígnios da vida
Quanto mais me deixo envolver
Mais me sinto perdida
Uns a quererem morrer
Outros a lutar pela vida
O nosso dia a dia
É uma luta constante
É uma correria
Um viver ofegante
De noite e de dia
É tão fatigante
Que esqueces a alegria
De um momento só teu
De sentir o cheiro da maresia
De contemplar o azul do céu
De aceitar uma cortesia
Um abraço apertado
Que conforta e dá calma
Um beijo salgado
Que te penetra e toca a alma
Uma paz que esqueceste
Nesse frenesim diário
Neste mundo agreste
Em que és presidiário
Quando caires na real
Percebes o que perdeste
Tudo agora é surreal
É tarde porque morreste!

A.C.

Despertar

Os momentos belos
Que passámos lado a lado
Tornaram-se eternos
Não ficaram no passado
Todos os dias eram recordados
Todos os dias eram vividos
Todas as esperanças retalhadas
Todos os sonhos perdidos!...
Do nada veio tudo!...
Um amontoar de ideias
Um turbilhão de sentimentos
Um silêncio mudo
Alimento de minhas quimeras
Um viver esquecido
Tão cheio de tormentos
Um coração sofrido
De mágoas apertado
De lembranças reprimido
Os sonhos viram realidade
Não esperada nem sonhada
As ilusões sem piedade
Doem como uma bofetada
Nos ombros o peso do Mundo
Na alma esta realidade pesada
Uma dor bem lá no fundo
De não me sentir amada!

A.C.

Dia Fatídico

Arrancaram um pedaço de mim
Naquele fatídico dia
Destruíram nossos sonhos
Roubaram nossa alegria!
Nosso sossego acabou
Naquele dia malfadado
Nossa luta acabou…
Sem nunca ter começado!
A esperança cá no fundo
Luz pequenina a brilhar
Nos fez ultrapassar tudo
Lutar,...lutar e lutar!!!
Quando o diagnóstico se confirmou
Unidos de mãos dadas…
Abraçados, despedaçados…
Até a médica chorou
Ficou sensibilizada.
O chão fugiu-me dos pés!
A visão enevoada!
Notícia malvada!
Vida inacabada!

A.C

Divagações

Quando eu deixar de escrever!...
Fiquem felizes por mim
É porque eu estou bem
Ou chegou o meu fim!...
Quando eu deixar de escrever!...
É porque venci a tristeza
Estou a conseguir vencer
Esta vida de incerteza!...
Quando eu deixar de escrever!...
Perguntem que é feito de mim
Porque algo aconteceu…
Mas perguntem mesmo assim!...
Quando eu deixar de escrever!...
Esqueci o que aprendi
Esqueci-me de viver
Ou então morri!!!

A.C.

Divagando

Hoje dei comigo
A divagar pela vida…
Uns a lutar contra a morte
Outros a ansiar a partida
Porque és assim injusta?...
Levas quem tanto quer ficar
A vida não é um jogo
Não se deve levar a brincar
Tanta luta
Tanto desespero
Tanta agonia
Tanto desvelo!
Esta guerra fria
É uma carta sem selo!...

A.C.

Dois Amores

Tenho dois amores
Qual deles o mais lindo
Um encaracolado e loirinho
Outro preto e lisinho
Dão amor a toda a hora
Sem pedir nada em troca
Dão-te alento vida fora
Sentem quando tua alma chora!
Se lhes fazes uma festa
Dão-te logo uma beijoca!
Adoram fazer uma sesta
Calmos pela tarde fora
Se de manhã estás dorminhoca
Não param de te chamar
Logo um deles protesta
Até te fazer levantar
Assim que te levantas
A alegria está instalada
Fazem tudo o que tu mandas
Sem exigir mais nada!
Com personalidades diferentes
Mas os dois muito queridos
Estão sempre presentes
Até nos momentos sofridos!
Amor incondicional...
Isso sem dúvida nenhuma!
Amor animal…
Que com nada se esfuma!

A.C.


Dor

A mente dá voltas e voltas
Sem nunca parar!
É um mar de águas revoltas
Que não consegues acalmar!
Tudo vês em retrospectiva
Tudo sentes e ficas calada
Perdeste a objectiva
A câmara ficou desfocada…
A foto ficou parada
Naquele momento triste
A vida ficou revirada
Foi um espelho que partiste!...
Caminhei junto a ti
Num silêncio mudo de dor
Foi aí que te perdi
E perdi o teu amor!
Tu sabias!...
Sempre foste um bom actor!
Sentias que morrias
E não expressaste dor!

A.C.

Dou Comigo a Pensar...

Dou comigo a pensar…

O que é a minha vida
Procuro um incentivo
Perco-me neste pensar
Sinto-me perdida
Neste viver aberrativo
Não me consigo encontrar
Depois da tua partida

Dou comigo a pensar…

Para quê lutarmos tanto?
Para num pequeno instante
Tudo não passar dum sonho
A alegria virar pranto
Não consigo seguir adiante
Tudo parece medonho

Dou comigo a pensar…

Que não posso ficar inerte
Não posso desanimar
Tenho de ganhar coragem
E ânimo que me desperte
Talvez um bom sinal
Para continuar a viagem

Dou comigo a pensar…

Que não sei o que fazer
Que só faço é pensar
Naquilo que quero esquecer!

A.C.

Dou Comigo...

Dou comigo...
A pensar nesta vida...

Tão diferente
Tão sofrida
Alma sem abrigo
Neste mundo perdida

Dou comigo…
A pensar nesta vida…

O coração partido
Não sara esta ferida
O amor esquecido
Depois da tua partida

Dou comigo…
A pensar nesta vida…

Mas que vida?
A minha vida perdida!
A minha vida esquecida!
A minha vida não vivida!

Dou comigo…
A tentar viver a vida!

A.C.

Dualidade

Faz hoje um ano
Que partiste meu amor
E me deixaste sozinha
Com a minha dor!…
Dia triste este!…
Em que me falta tudo
A vida ficou agreste
Num momento acabou tudo
Fugiu-me o chão dos pés
Bato bem lá no fundo
Aguentei todas as marés
Esperei dias de bonança
Que tardam em aparecer
São como as ondas do mar
Que contemplo ao entardecer
As que vêm trazem esperança
Fazem meu coração acalmar
Sinto o corpo a arder!…
Sinto-me a incendiar!…
As que vão são temperança
Que não me deixam perder
Que me fazem continuar
Nesta busca incessante
De minha alma desnudar
De ser sol radiante
Neste mundo infernal
De seguir sempre adiante
Nesta luta tão desigual

E nesta minha dualidade
Em que o bem e o mal
Se confrontam sem maldade
Quero o simples...o banal
Corro em busca da felicidade!

A.C.

E Nada!

Já tentei tanta coisa…
Já caminhei parada…
Já sonhei acordada…
E nada!
Caminhei sozinha
No meio da multidão
Só queria uma luzinha
Alguém que me desse a mão
E me fizesse perder
Esta grande solidão
E nada!
Não estou bem em nenhum lado
Nada me dá conforto
É este meu triste fado
Este viver tão absorto
Que me faz desesperar
Na dor e no desconforto
Que não me deixa caminhar
Nem encontrar meu porto
Quero minha vida resgatar
Mas este sufoco morto
Que tira meu respirar
Que só adensa meu penar
Não me deixa continuar!...
Olho em frente!...
E nada!

A.C.


É Tempo De...

É tempo de…
Sonhar acordada
De me desfazer
Desta lente desfocada
Que me faz querer morrer
Que me deixa desolada
O coração a sofrer
A alma mal amada!

É tempo de…
Minha cabeça levantar
E por entre os espinhos
Aprender a caminhar
Apreciar os carinhos
De quem me quer acompanhar
Nestes sinuosos caminhos
Com um sorriso no olhar!

É tempo de…
Minha vida colorir
Enterrar esta dor
Reaprender a sorrir
De mudar de bastidor
De meus braços abrir
De aceitar com amor
Tudo o que está para vir!

É tempo de…
Fazer a vida valer!

É tempo de…
VIVER!

A.C.

Errado Caminho

Manhã primaveril
1° de abril
Tanta alegria existe
Meu coração tão triste
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que ao longo vai caminhando
Nunca me viram falando
Afinal eu sem ninguém
E tudo amigas tem
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que anda sempre sozinha
A pena é toda minha
Vejo tudo até o mar
E também o meu grande penar
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que caminha com intensidade
Em busca da felicidade
Tanto já caminhara
E ainda não encontrara
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Foi num atroz jardim
Que olharam para mim
Fui errada na leitura
Ali era a amargura
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Disseram todos coitada
Ai que vida amargurada
Tão pequena onde veio ter
E eu antes queria morrer
Sempre e eu somente
Aquela adolescente
Que com tanta esperança
Que da vida se cansa
Tentei errado Norte
Para ir buscar a morte.

A.C.

Escrevo

Escrevo para esquecer
Escrevo para recordar
Escrevo para não perder
A capacidade de amar

Escrevo para me acalmar
Escrevo com prazer
Escrevo para abraçar
Os que estão a sofrer

Dor e tormento
Nossas vidas estão a ter
Muitos vivemos o momento
Que só queremos esquecer

Se minha escrita ajudar
Se sentir que fui capaz
De vossa dor aliviar
Fico feliz e em paz!

A.C.

Escrita de Lágrimas

Escrevo!...
As lágrimas
Inundam meus olhos
Expressam minhas mágoas!
Escorrem pela minha face
E mancham minhas palavras!...
Parece que querem apagá-las!
Do papel...não da alma!
Aí estão gravadas!
A ferro e fogo talhadas!...
Em toda a minha essência
Estão entranhadas!...
Parece um jogo!...
O jogo da vida...
O jogo da morte...
Vida mal vivida...
Vida sem sorte!
Troveja lá fora!
Troveja na minha alma!
Por isso ela chora!
Busca paz e calma!

A.C.

Esperança

Minha revolta
Aos quatro ventos
Vou gritar
Até a voz me doer
E a força me faltar!
Meus sonhos perdi
Num dia de temporal
Aqueles que não vivi
Perdi-os!...nem um sinal!
Esfumaram-se!…
Na desilusão
Na tristeza
Na solidão!…
Perdi-lhes o norte
Perdi a razão!…
Só me resta a sorte
Para resgatar a ilusão
A confiança e o perdão
Outros sonhos...em construção!
Esquecer dias tristonhos
Alguém que me dê a mão
Que me traga novos sonhos
Me faça enterrar esta dor
Sem receio nem temor
E viver com muito amor!

A.C.

Esperança 2

Este ano vou pintar
Meus sonhos
De azul cor do mar
Com aguarelas de luz
Minha alma vou iluminar
Vou enterrar
Aqueles dias medonhos
Vou amar
De dia, de noite, ao luar
Mesmo em contraluz
Vou sorrir e brincar
Vou deixar a vida fluir
Sem segredos nem reservas
A calma redescobrir
Vou caminhar
Por portas e travessas
Até a vida encontrar
E lá me vou perder
A sorrir e a sonhar
Sem nada a esconder
Somente a viver!

A.C.

Estou Cansada

Estou cansada
Desta inércia emocional
De não fazer nada
Com este sentir irracional

Estou cansada
Desta solidão infernal
De me sentir isolada
Neste silêncio surreal

Estou cansada
De viver sem vida ter
De não me sentir amada
De não conseguir esquecer

Estou cansada
De meu tempo perder
Nesta bruma embuçada
A que muitos chamam viver

Estou cansada
Desta vivência atormentada
Desta vida malfadada
Desta luta fracassada

Estou cansada
De estar cansada
E de nada fazer
Para acabar esta saga

A.C.

Estou Mudada

Estou mudada
Não sei se para melhor
Se para pior…
Só sei que estou mudada!
Este último ano
Foi uma grande provação
Foi tão desumano
Tão cheio de desilusão!
Tive de aprender
A conviver com a dor
A dormir com a solidão
A redescobrir o amor
A chorar na escuridão
A tentar renascer!
Não tem sido fácil
Agarrar esta ilusão
Ser uma pessoa dócil
Sentir gratidão!...
Luto por mim…
Luto por nós…
Não sei viver assim
Nestes dias tão sós!...
Fiz amizades novas
Que me trouxeram luz
Ultrapassei muitas provas
Amenizei minha cruz!
Este ano mudei!
Para melhor?
Para pior?
Não sei!...
Só sei que mudei!

A.C.

Eternamente Ausente

Há dias!…
Que apesar de
eternamente ausente
Sinto-te tão perto
Tão presente!…
Os teus beijos
Doces e quentes
O teu sussurrar
No meu ouvido
Que sempre me irás amar
És o meu porto de abrigo
Que juntos iremos ficar
Sensações sempre presentes
União de dois corações
Perca de emoções
Esta mão vazia e aberta
Esta boca calada e fria
Esta mente desperta
De ilusões vazia
De recordações completa
Esta certeza incerta
Que apesar
De eternamente ausente
Vais estar
Sempre presente!

A.C.

Eu

Ao longo da rua caminho
A minha sombra dança
Negra e sinistra
Entre raios de sol!
Caminho sozinha
Mas as aves, as flores
E as próprias pedras do chão
Têm medo da minha solidão
Cansei-me de lutar
Contra o mundo alheio
E no meu próprio medo
Deixe-me arrastar num chorrilho
De paixões e violências
Vivi os prazeres e angústias
Tornei-me semelhante
Aos répteis que rastejam na poeira
Ao próprio Satanás na maldade
Consegui apenas a insatisfação
Do tempo mal vivido
E talvez o ódio de todos os seres
Sem uma mão amiga
Mas tornei a cair
Não tinha lugar neste mundo
Mas apenas nas catacumbas
Do outro…
Neste labirinto perdi-me
E vagueei em vez de viver
Quanto tempo passou?
Não sei!...
Sei apenas que sonhei
Sonhei e vivi sonhando!

A.C.

Fantasia

Sobre as ondas caminho,
No imenso azul do mar!
Caminho perdida...
Sinto minha alma a pairar…
À minha frente!...
A negra morte!
Sombria, triste…
Escuridão!
Sorrio!...
Estendo-lhe a mão!
Vira-me as costas!...
Afasta-se lentamente!...
Em mim… sente-se a solidão!...
Regresso ao meu corpo!
É como um sopro!...
Vejo-me a dançar,
Num campo florido!...
Múltiplas cores…
Diversos odores…
Danço sem parar!
Lindo colorido!
Um beija-flor,
Minha face vem beijar!...
Tanta paz!...Tanta alegria!...
É a vida a chamar por mim!
Doce fantasia!

A.C.

Felicidade

Felicidade
É um sentir da alma
Que acalenta a vida
Enche-te de calma
E do mal ficas esquecida!
Felicidade
Será que existe…
Na sua plenitude?
Ou são ténues momentos…
Que em ti sentiste?...
Ser feliz totalmente…
Não existe!
Sentes-te feliz…
Mas momentos há…
Que te sentes triste!
A vida é assim!
Felicidade
Na sua plenitude…
Não existe!
É o que queres
Mais que tudo!
Mas... conseguiste?
Não!...
Porque não existe!

A.C.

Férias

Férias
Momentos de lazer
Poder descansar
Tudo a acontecer
Viajar...conviver…
Sair da rotina!
Pisar a areia molhada
Passear pela ravina
Alma descansada
Sonho de menina!...
Falta uma mão na minha
Um abraço aconchegante
Uma carícia levezinha
Um beijo reconfortante
Sentir que não estou sozinha
Algo que me leve adiante!
Sonho...ilusão
Um querer sem ter
A minha mão é só a minha mão
Um abraço a não acontecer
Carícia só do vento Suão
Esta solidão sozinha
Esta tristeza gigante!
Quero sair desta linha!
Viver...seguir adiante!

A.C.

Filha

Nasceste tão pequenina,
Tão frágil
Mas uma força de viver imensa.
Uma força que te acompanha
Ainda hoje.
Vives cada segundo
Como se fosse o último.
Como se não houvesse amanhã!
Tens de acalmar!
Não podes deixar que a vida
Passe por ti
Mas sim tu é que tens de
Passar por ela.
Fazer as tuas melhores escolhas,
Viver o melhor possível,
Sem te machucar a ti,
Nem a ninguém!
Já passaste por muitas provações
Mas estás cá...de pé,
Resistente como um carvalho milenar!!!
Esta és tu!
A minha filha!
A minha companheira!
A minha amiga!
Menina guerreira!
Como sinto orgulho de te ter!

A.C.


Flor na Mão

Sou uma borboleta
Sentada nas asas do vento
Quero voar bem alto
Lá longe no firmamento
Vou depositar uma flor
Nas mãos do meu amor
Mas o vento malvado!
Soprou...soprou…
Soprou com tanto fervor
Que para longe me levou…
Meu corpo ficou gelado
Foi então que ele parou!
Bem juntinho ao mar
E aí me largou!
Vi o sol espreitar…
Quiçá envergonhado!
Por entre as nuvens ficou
Com um brilho acanhado!
Teve medo de sorrir!...
Escondeu-se no céu
E ficou a dormir!
Eu perdida fico!...
Olhar no chão…
De tudo abdico!
Flor na mão…
E mágoa no coração!

A.C.