quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Eu





Chamo-me Alice Silva Videira Semedo Cunha, nasci a 22 de Maio de 1958 e tenho dois filhos, o Hugo e a Eliana.
Nasci no Alentejo, no concelho de Castelo de Vide, numa aldeia de nome Nossa Senhora da Graça de Póvoa e Meadas.

Na altura do antigo regime, em que se trabalhava de sol a sol e uma sardinha era dividida por 3, os meus pais decidiram imigrar para Lisboa em busca duma vida melhor. Fixaram residência na Apelação, concelho de Loures, onde vivo desde os meus 4 anos de idade.
Comecei a escrever poesia e a pintar nos meus tempos de Liceu, por puro entretenimento.

Entretanto, após casar, termos filhos e uma vida cómoda, fomos confrontados com um demónio muito conhecido, de seu nome Cancro.
Recomecei a escrever em 2018 após o falecimento do meu marido pois infelizmente não lhe foi possível ganhar a batalha contra um demónio destes.
Após um vazio imenso e momentos de solidão reencontrei-me na escrita que passou a ser uma terapia e o bichinho que esteve adormecido até então regressou.
E aqui estou eu agora! Quem diria?

Sou uma pessoa extrovertida, alegre, divertida e amiga do seu amigo.
Sou muito humana e sensível.
Para além da escrita tenho outros hobbies tais como:
A fotografia - não resisto a fotografar tudo o que me chame a atenção.
Adoro animais - tenho dois cães: o Djonny e o Lucky.
Adoro tratar das minhas plantinhas.
Adoro contemplar o mar - dá-me a calma e serenidade que tanto preciso.
Gosto de ler, ver um bom filme e ouvir as minhas músicas preferidas.
Voltar a escrever tem sido para mim uma forma de tentar redescobrir a felicidade que a vida me roubou!
Estou no caminho certo e sinto-me em paz.
Um dia de cada vez!






Este Blog foi criado em memória do meu marido, que tão cedo nos deixou.
A solidão e as saudades, impulsionaram o meu regresso à escrita!
Espero que agrade!










sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

25 de Novembro

Hoje a minha alma chora
O vazio e a saudade
Imperam no meu ser
Hoje não vão embora
Talvez só quando eu morrer!
Ando às voltas pela casa
Procuro nem sei o quê…
O impossível talvez
Aquilo que não se vê…
A realidade é dura
Nem consigo descrever
É tanta a amargura
De te querer e não te ter…
A noite foi um tormento
O silêncio meu companheiro
O choro foi meu alento
Neste espesso nevoeiro
Contava com esta provação
Não a sabia tão dura
Outras mais se seguirão
Que receberei com ternura
Punhaladas no coração
Deixam-me a alma pura
Tu foste a minha paixão
E isso não se cura!…

A.C.

A Pensar em Ti

Deito-me a pensar em ti
E acordo em ti a pensar
A alegria que perdi
E não consigo resgatar
Esta apatia instalada
Vontade de não fazer nada
Esta dor magoada
Que fere como uma punhalada
Tento reagir
Tento viver o momento
Mas de que vale fingir
Se é tão grande o sofrimento
Nada me desperta interesse
Nada me impele a seguir
Não que eu merecesse!
Sofrer a ver-te partir
Deus assim quis
Deixar-me tão só assim
Alguma coisa que eu fiz?
Este castigo não tem fim?
Deus por favor me diz!

A.C.

A Vida É um Jogo

A vida é um jogo
De vitórias e derrotas
É uma roleta russa
Labirinto de muitas portas
Uns dias sais perdedor
Outros és um vencedor
Ardes neste jogo
Jogas com muito fervor
Mas logo se apaga o fogo
Neste jogo de desamor
Nem sabes o que procuras
Jogas por puro prazer
Só encontras amarguras
Esperas um novo amanhecer
Ganhas e perdes meu amigo
Tudo se repete novamente
O azar brinca contigo
Joga...joga...diáriamente
Busca no jogo teu abrigo
Vai jogando simplesmente
A esperança não podes perder
A sorte virá finalmente!?...
Vai jogando até morrer!…

A.C.

A Vida

A vida
É um emaranhado
De encruzilhadas
E se tu ficas parado
És apanhado nas ciladas!
Viver não é fácil…
Lutas constantes travas
Se não és ágil
E ficas pelas palavras
Ficas frágil
E abusam de tuas mágoas!…
Luta!
Vive!
Enfrenta esta guerra!
Isto é a vida na terra!
Esquece as mágoas!
Enfrenta a fera!

A.C.

Abanão

Ontem um amigo
Deu-me um grande abanão
Deixou-me a pensar
Que a vida não é só solidão!
Perguntei-me?...
Onde está aquela Alice
Alegre e contente
De bem com a vida
Sempre presente?...
Aquela Alice
Cheia de vontade de viver
Que eu não queria perder…
Senti!...bem lá no fundo
Uma luzinha ténue
Quase apagada
Pelo sofrimento!...
Mas ainda brilhava
Qual estrela no firmamento
Apesar de desmaiada
Ainda estava quente!...
Não morreu...
Está viva!...
Só adormecida
De tanto que sofreu!
Ali ficara na escuridão
À espera de um abanão!

A.C.

Agitação

Olho para ti!
Um ser tão pequenino
Uma alma tão grande!...
Olhar vazio
Andar errante…
No teu desvario
Não páras um instante!...
Corpo franzino
Cabeça acelerada
Olhar de menino
Alma abençoada!...

A.C.