Rimar a brincar
Brinco com as rimas
E tu desatinas
Com o meu rimar
Fico a brincar
Rimo para cá
Rimo para lá
Até a falar
Estou a rimar
As rimas saem
Sem eu perceber
Mas nada valem
Se não as escrever
Rimas de solidão
Rimas de amor
De caneta na mão
Escrevo com fervor
Rimo com o coração
Escrevo com paixão
Alivio minha dor
Escrevo com AMOR.
14/03/2019
A.C.
Recomeçar
Tenho dias
Que amnésia queria ficar
Esquecer o que vivi
De novo recomeçar
Enterrar o que sofri
Minha vida zerar
Como se fosse possível
Do zero iniciar
A vida seria incrível
Não iria mais errar
Mas a vida é só uma
E está sempre a avançar
Com os nossos horrores
Viver temos de continuar
E todos os dissabores
Te ensinam a lutar
Numa luta desigual
Que tu queres ganhar
Mesmo que seja surreal
Não te podes entregar
Ao desgosto e à dor
Neste mundo infernal
Ainda tens muito para dar
Nesse coração sonhador
Ainda mora muito AMOR!
08/06/2019
A.C
Rabiscos
Vou rabiscando a vida
Como rabisco o papel
De rabisco em rabisco
Vou pintando sem pincel
Também não tenho aguarelas
Nem tintas multicolores
Uns dias são lindas telas
Outros então tão incolores
Neste quadro da vida
Também pinto os odores
E até mesmo os sabores
Esta réstia perdida
De dias bem garridos
Em que os tons da vida
Eram bem mais atrevidos
De cores fortes...potentes
De dias bem vividos
De sorrisos atraentes
De beijos atrevidos
De vermelhos incandescentes
De amores esquecidos.
E assim…
Vou rabiscando a vida
Como rabisco o papel…
24/06/2019
A.C
Renascer
De vez em quando aparecem
Alguns resquícios de mim
Aqueles que não se esquecem
A minha essência...enfim!
Estavam escondidos na alma
Bem lá num cantinho
Sem que dê conta reaparecem
Assim bem de mansinho
Tal qual como se foram
Também tão devagarinho
Pouco a pouco voltaram
É o ser a renascer
Não mais se quer esconder
É a vida a acontecer
Ainda há estrada a percorrer
Fico contente que assim seja
Pois para mim não quero
Esta triste vida malfazeja
Que me leva ao desespero
Quero abraçar a vida
Com garra e destemida
Não me quero ver perdida
Sem achar uma saída
Quero amor à medida
Quero-me sentir querida!
2/06/2019
A C.
Os silêncios
Que guardo na alma
São gritos
De revolta que não saem
As mágoas
Que guardo no peito
São punhais
Que me ferem
As lágrimas
Que já não verto
São rios
Que não têm fim
As dores
Que já não sinto
Ausentes
Do meu sofrer
A mulher
Que um dia fui
Jamais
Voltarei a ser…
5/06/2019
A.C.
Não mais se quer esconder
É a vida a acontecer
Ainda há estrada a percorrer
Fico contente que assim seja
Pois para mim não quero
Esta triste vida malfazeja
Que me leva ao desespero
Quero abraçar a vida
Com garra e destemida
Não me quero ver perdida
Sem achar uma saída
Quero amor à medida
Quero-me sentir querida!
2/06/2019
A C.
Retrospectiva
Os silêncios
Que guardo na alma
São gritos
De revolta que não saem
As mágoas
Que guardo no peito
São punhais
Que me ferem
As lágrimas
Que já não verto
São rios
Que não têm fim
As dores
Que já não sinto
Ausentes
Do meu sofrer
A mulher
Que um dia fui
Jamais
Voltarei a ser…
5/06/2019
A.C.
Rumo
Corro para ti
Mas tu não estás
Quero um abraço
Que já não me dás
Espero por ti
Mas tu não vens
Sinto que te perdi
Sei que te perdi
Eternamente
Para sempre ausente
E sempre presente
Olho para o lado
Nem sei que procuro
Talvez um achado
No meio do escuro
Agarro a esperança
Com unhas e dentes
Faço uma dança
Com imagens ausentes
Mas que no peito
Estão tão presentes
Sigo ao meu jeito
Com alguns contratempos
Enfrentando o medo
Buscando novos ventos!
4/06/2019
A.C.
Regresso à rotina
As férias quase a acabar
Já seu fim antevejo
O stress a aumentar
Vou deixar o Alentejo
Para ir trabalhar
Voltamos à nossa rotina
Casa, trabalho!…
Trabalho, casa!…
Acaba-se o sossego
A calma do dia a dia
Substituída pela correria
Para chegar ao emprego
O cansaço ao fim do dia
Após horas de trabalho
Enfrentar a monotonia
Do pára...arranca!…
Pára...arranca!…
É uma agonia
Que a vida atravanca!
Amanhã é outro dia
Para viver de alma franca
Levantar com alegria
E com muita energia
Regressar à rotina
Com um sorriso de menina!
10/08/2019
A.C.
Hoje chove na minha aldeia
Já cheira a terra molhada
As memórias vêm em cadeia
Dos tempos de mocidade
Era ver a criançada
Pelas ruas a correr
Sem medo de ficar molhada
Fizesse sol ou chuva
Lá andava a gaiatada
Toda junta até anoitecer
Nestas ruas hoje desertas
Moram as recomendações
Com pouco se faziam festas
A alma cheia de ilusões
Bastava uma almofada
No meio da calçada
Logo se fazia um circo
Estava a tenda armada
Entre cambalhotas
Risos e gargalhadas
A alegria estampada
No rosto da criançada
Jogava-se à apanhada
E outros jogos que tais
Em cadeiras de verga
À porta se sentava
A geração mais velha
Que de nós cuidava
E assim se passava o dia
Com muita alegria
E no dia seguinte
Tudo se repetia.
A.C.
Recordações
Hoje chove na minha aldeia
Já cheira a terra molhada
As memórias vêm em cadeia
Dos tempos de mocidade
Era ver a criançada
Pelas ruas a correr
Sem medo de ficar molhada
Fizesse sol ou chuva
Lá andava a gaiatada
Toda junta até anoitecer
Nestas ruas hoje desertas
Moram as recomendações
Com pouco se faziam festas
A alma cheia de ilusões
Bastava uma almofada
No meio da calçada
Logo se fazia um circo
Estava a tenda armada
Entre cambalhotas
Risos e gargalhadas
A alegria estampada
No rosto da criançada
Jogava-se à apanhada
E outros jogos que tais
Em cadeiras de verga
À porta se sentava
A geração mais velha
Que de nós cuidava
E assim se passava o dia
Com muita alegria
E no dia seguinte
Tudo se repetia.
07/08/2019
A.C.
Por vezes
Os olhos ficam parados
Numa apatia arrepiante
Viajas para longe
Para outro lugar
Bem distante...
Onde haja calma
Onde possas sossegar
Essa inquieta alma
Onde se perde
O pensamento
Onde se esconde
O sofrimento
Basta um olhar
Um breve momento
Para tudo mudar
Sentes-te gente
Gente que sabe lutar
Gente que sabe amar
Gente que chora
Gente que sabe rir
Gente que se demora
E se perde no sentir!…
Rosa enjeitada
Sozinha na estrada
De manhã
Se começa o dia
É o que costumam dizer
Mas o meu só começa
Depois de um café beber
Para ficar bem acordada
Bem disposta e animada
Bebo outro cafezinho
A acompanhar a torrada
Inicia-se o caminho
Novo dia...nova jornada
Que seja de alegria
Manhã abençoada
Na hora do almoço
Uma refeição completa
Mais outro cafezinho
Para me manter disperta
As tarefas são muitas
O cansaço já aperta
Nas tuas incógnitas
Fazer a coisa certa
É a tua prioridade
O dia é muito longo
Tens de manter a sanidade
Até ao tocar do gongo
Nesta tua realidade
A noite já se abateu
Escura que nem breu
Voltas a casa de noite
Já não vês o azul do céu
Assim termina o dia
Nesta triste rotina
Nesta cadência morna
Amanhã tudo retorna
Bebes o teu cafezinho
Segues o teu caminho…
18/12/2019
A.C.
Acordei
Vi o amanhecer
Contigo a meu lado
Ao entardecer
Sonhei com o amanhecer
Amei-te
Ao anoitecer
Nosso teto o luar
Cheio de estrelas a cintilar
Acordei a sonhar
Sonhei não acordar
Finalmente adormeci
No aconchego do teu abraço
No sonho me perdi
Fui vencida pelo cansaço
Pelo saudade que senti
De não te ter aqui
Tive-te tão perto
Tão juntinho a mim
E agora quando desperto
Só tenho
Um deserto sem fim
Triste de mim!…
27/12/2019
A.C.
A.C.
Refúgio
Por vezes
Os olhos ficam parados
Numa apatia arrepiante
Viajas para longe
Para outro lugar
Bem distante...
Onde haja calma
Onde possas sossegar
Essa inquieta alma
Onde se perde
O pensamento
Onde se esconde
O sofrimento
Basta um olhar
Um breve momento
Para tudo mudar
Sentes-te gente
Gente que sabe lutar
Gente que sabe amar
Gente que chora
Gente que sabe rir
Gente que se demora
E se perde no sentir!…
09/09/2019
A.C.
Ribeirinho
Que corres para o mar
Leva minha dor
Acaba com o meu penar
Ribeirinho
De águas tão límpidas
Lava-me a alma
De todas as feridas
Ribeirinho
Que corres sem parar
Leva-me contigo
Ensina-me a escutar
Ribeirinho
Que choras tão baixinho
Por entre as pedras
Que contornas no caminho
Ribeirinho
Leva-me a desilusão
Larga-a lá longe
Liberta meu coração
Ribeirinho
Nesse teu caminhar
Caminha devagarinho
Ensina-me a sonhar!
07/09/2019
A.C.
A.C.
Ribeirinho
Ribeirinho
Que corres para o mar
Leva minha dor
Acaba com o meu penar
Ribeirinho
De águas tão límpidas
Lava-me a alma
De todas as feridas
Ribeirinho
Que corres sem parar
Leva-me contigo
Ensina-me a escutar
Ribeirinho
Que choras tão baixinho
Por entre as pedras
Que contornas no caminho
Ribeirinho
Leva-me a desilusão
Larga-a lá longe
Liberta meu coração
Ribeirinho
Nesse teu caminhar
Caminha devagarinho
Ensina-me a sonhar!
07/09/2019
A.C.
Rosa enjeitada
Rosa enjeitada
Sozinha na estrada
Triste e mal amada
A chuva e o vento
São o teu tormento
Mas também teu alimento
Nasceste tão só
No meio do pó
No caminho da amargura
Mantiveste a esperança
Nunca perdeste a compostura
Porque nesta triste dança
Não há mal que sempre dura
E a seguir à tempestade
Chega sempre a bonança
Nesse triste abandono
Vais vivendo calmamente
És livre... não tens dono
Vives para ti somente
Nasceste e cresceste
No meio do nada
Floresceste e viveste
Mesmo não sendo amada
És forte e sobrevivente
Apesar de rosa enjeitada!
09/10/2019
A.C.
Vejo-me com esta idade
E descubro que não vivi
Da vida nem metade
Como recuperar
Aquilo que perdi
Se já não há volta a dar
Tão tarde descobri
Não parei para pensar
Que o tempo não pára
Nem para trás pode voltar
As rugas na cara
Marcas da vida a passar
Lembrando tempos idos
Momentos a recordar
São pequenos retalhos
Da juventude perdida
Duma vida de trabalhos
Duma vida não vivida
O presente é o momento
Em que fazes o balanço
É também o teu tormento
Reconhecer o falhanço
O futuro é tão incerto
Em tempo e vivência
Não sabes se longe ou perto
Vai acabar a penitência
Hoje com esta idade
Vives o dia a dia
Cais na triste realidade
Tão atroz e tão fria
Dessa tua pequenez
Da tua vida vazia
Assim vais vivendo
Um dia de cada vez!
26/10/2019
A.C.
A chuva e o vento
São o teu tormento
Mas também teu alimento
Nasceste tão só
No meio do pó
No caminho da amargura
Mantiveste a esperança
Nunca perdeste a compostura
Porque nesta triste dança
Não há mal que sempre dura
E a seguir à tempestade
Chega sempre a bonança
Nesse triste abandono
Vais vivendo calmamente
És livre... não tens dono
Vives para ti somente
Nasceste e cresceste
No meio do nada
Floresceste e viveste
Mesmo não sendo amada
És forte e sobrevivente
Apesar de rosa enjeitada!
09/10/2019
A.C.
Realidade triste
Vejo-me com esta idade
E descubro que não vivi
Da vida nem metade
Como recuperar
Aquilo que perdi
Se já não há volta a dar
Tão tarde descobri
Não parei para pensar
Que o tempo não pára
Nem para trás pode voltar
As rugas na cara
Marcas da vida a passar
Lembrando tempos idos
Momentos a recordar
São pequenos retalhos
Da juventude perdida
Duma vida de trabalhos
Duma vida não vivida
O presente é o momento
Em que fazes o balanço
É também o teu tormento
Reconhecer o falhanço
O futuro é tão incerto
Em tempo e vivência
Não sabes se longe ou perto
Vai acabar a penitência
Hoje com esta idade
Vives o dia a dia
Cais na triste realidade
Tão atroz e tão fria
Dessa tua pequenez
Da tua vida vazia
Assim vais vivendo
Um dia de cada vez!
26/10/2019
A.C.
Rotina
De manhã
Se começa o dia
É o que costumam dizer
Mas o meu só começa
Depois de um café beber
Para ficar bem acordada
Bem disposta e animada
Bebo outro cafezinho
A acompanhar a torrada
Inicia-se o caminho
Novo dia...nova jornada
Que seja de alegria
Manhã abençoada
Na hora do almoço
Uma refeição completa
Mais outro cafezinho
Para me manter disperta
As tarefas são muitas
O cansaço já aperta
Nas tuas incógnitas
Fazer a coisa certa
É a tua prioridade
O dia é muito longo
Tens de manter a sanidade
Até ao tocar do gongo
Nesta tua realidade
A noite já se abateu
Escura que nem breu
Voltas a casa de noite
Já não vês o azul do céu
Assim termina o dia
Nesta triste rotina
Nesta cadência morna
Amanhã tudo retorna
Bebes o teu cafezinho
Segues o teu caminho…
18/12/2019
A.C.
Recorrência
Acordei
Vi o amanhecer
Contigo a meu lado
Ao entardecer
Sonhei com o amanhecer
Amei-te
Ao anoitecer
Nosso teto o luar
Cheio de estrelas a cintilar
Acordei a sonhar
Sonhei não acordar
Finalmente adormeci
No aconchego do teu abraço
No sonho me perdi
Fui vencida pelo cansaço
Pelo saudade que senti
De não te ter aqui
Tive-te tão perto
Tão juntinho a mim
E agora quando desperto
Só tenho
Um deserto sem fim
Triste de mim!…
27/12/2019
A.C.
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