Viagem no tempo
Consegui desencantar algumas fotos (um pouco
maltratadas pelo tempo e pela qualidade das mesmas), do meu percurso
pela vida. As mais antigas foram tiradas no Alentejo uma vez que só vim para Lisboa com 4 anos de idade.
Era uma criança a que normalmente se chamava de " Maria rapaz". Passava
grande parte do tempo na rua a brincar pois nesse tempo era saudável e
seguro fazê-lo. Subia às árvores, saltava à corda, brincava ao elástico,
ao mata, à apanhada, ao eixo e outras tantas brincadeiras que sempre
arranjavamos. Era muito magrinha pois era muito má para comer. O que eu
comia melhor era fruta.
Ainda me recordo da minha mãe a ralhar comigo para eu engolir a comida e eu não conseguia.
Pensava para comigo: " tenho que engolir senão já sei que vou apanhar!"
mas o raio da comida formava uma bola na boca e não descia de maneira
nenhuma. Escusado será dizer que não passava uma refeição sem levar umas
boas palmadas.
Também era muito morena, coisa que fui perdendo
com a idade. Era tão morena que o sapateiro aqui da aldeia me chamava
"alentejana trigueirinha". Dizia ele que eu era quem gastava mais meias
solas o que não me espanta nada pois eu não parava.
Numa das
fotos tenho a mão esquerda ligada porque tinha eu 6 anos fui apanhar
lenha para fazermos uma fogueira na noite de S. João e azarenta como
era, coloquei a mão em cima do fundo de uma garrafa. Fui saltar à
fogueira para o hospital de Santa Maria onde fui operada pois parece que
tinha cortado veias, tendões,...
O meu pai quando lá chegou ainda me queria chegar a roupa ao pêlo só não o fez porque não deixaram.
Ficaria aqui a contar traquinices da minha infância que nunca mais acabava... como qualquer um de vós deduzo!
Os tempos eram outros e todos nós temos muito a recordar.
Espero não os ter maçado mas quis partilhar convosco uma faceta minha que só conhece quem me acompanhou na infância.
Boa tarde para todos!
28/10/2019A.C.
Adolescência
Ontem partilhei convosco um pouco da minha infância, hoje vou levar-vos à minha adolescência.
Foi nesta altura que comecei a escrever poesia, pois como já devem ter reparado, tenho uma certa tendência em escrever quando me sinto triste e, nesta fase da nossa vida, é quando se fazem sentir aqueles desgostos de amor, em que parece que o mundo vai acabar, mas que passam depressa!
Para além dos desgostos das paixonetas, comuns a todos os adolescentes, foi uma fase da minha vida
muito agradável.
Nesta época, tínhamos muitas actividades lúdicas, viradas para os jovens, na nossa freguesia.
Fui praticante de ginástica desportiva e rítmica.
Fiz parte do grupo de teatro e ainda hoje recordo, com carinho, a minha primeira actuação em palco, dançando sozinha uma valsa. Eu era a Marta Gutenberg na peça: " As mãos de Abraão Zacut" de Luís Sttau Monteiro.
Tanto o teatro como a ginástica levaram-nos a conhecer e conviver com as pessoas das terras onde íamos actuar e que sempre nos receberam com muito carinho e algumas feijoadas muito bem confeccionadas por sinal e também bem regadas, para os mais velhos que nos acompanhavam.
O grupo recreativo também organizava jogos florais com vários temas: poesia, desenho, bordados, trabalhos manuais, etc, onde ganhei o primeiro lugar em desenho.
Para além disso tínhamos os bailes organizados pela colectividade e aqueles que nós organizávamos nas caves dos prédios, onde se iniciavam alguns namoricos.
Foram tempos maravilhosos para todos nós.
Ainda hoje mantemos a nossa amizade bem viva. Todos os anos fazemos um jantar convívio onde podemos rever alguns amigos que já não vemos há muitos anos.
Foi nesta altura que comecei a escrever poesia, pois como já devem ter reparado, tenho uma certa tendência em escrever quando me sinto triste e, nesta fase da nossa vida, é quando se fazem sentir aqueles desgostos de amor, em que parece que o mundo vai acabar, mas que passam depressa!
Para além dos desgostos das paixonetas, comuns a todos os adolescentes, foi uma fase da minha vida
muito agradável.
Nesta época, tínhamos muitas actividades lúdicas, viradas para os jovens, na nossa freguesia.
Fui praticante de ginástica desportiva e rítmica.
Fiz parte do grupo de teatro e ainda hoje recordo, com carinho, a minha primeira actuação em palco, dançando sozinha uma valsa. Eu era a Marta Gutenberg na peça: " As mãos de Abraão Zacut" de Luís Sttau Monteiro.
Tanto o teatro como a ginástica levaram-nos a conhecer e conviver com as pessoas das terras onde íamos actuar e que sempre nos receberam com muito carinho e algumas feijoadas muito bem confeccionadas por sinal e também bem regadas, para os mais velhos que nos acompanhavam.
O grupo recreativo também organizava jogos florais com vários temas: poesia, desenho, bordados, trabalhos manuais, etc, onde ganhei o primeiro lugar em desenho.
Para além disso tínhamos os bailes organizados pela colectividade e aqueles que nós organizávamos nas caves dos prédios, onde se iniciavam alguns namoricos.
Foram tempos maravilhosos para todos nós.
Ainda hoje mantemos a nossa amizade bem viva. Todos os anos fazemos um jantar convívio onde podemos rever alguns amigos que já não vemos há muitos anos.
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